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Seguidismo do imperialismo

“Revolucionários” ecoam campanha imperialista contra a Venezuela

O MRT apresenta sua " avaliação" das eleições da Venezuela que reproduz as posições da imprensa burguesa

As eleições parlamentares venezuelanas realizadas no último domingo, 6 de dezembro, representou uma quebra do último resquício de representação legal da oposição pró-imperialista na Venezuela. O fracasso da política da direita na Venezuela, que utilizou por um largo período de uma estreita margem na Assembleia Nacional para promover uma política golpista, chegando ao proclamar em janeiro de 2019, o golpista Juan Guaidó como “presidente interino” da Venezuela, sendo apoiado pelos países imperialistas.

A vitória dos candidatos vinculados ao chavismo, acentuada pelo boicote declarado pelos partidos da oposição da direita, representou um duro baque nas pretensões da direita em formar um governo paralelo a partir do parlamento. A força do apoio popular ao governo Maduro que se expressou na derrota nas ruas as várias tentativas da direita, vinculada ao imperialismo em destituir o governo Maduro, eleito pelo voto popular, e representante do bolivarismo, movimento criado pelo ex-presidente Hugo Chávez.

O PIG Internacional não reconhece as eleições

A imprensa capitalista internacional e os governos imperialistas, e seus satélites como o governo Bolsonaro no Brasil rapidamente questionaram as eleições democráticas realizadas na Venezuela.

Essa imprensa golpista vinculada diretamente aos setores imperialistas internacionais sempre alimentou visões distorcidas da realidade Venezuela, manipulando de maneira canhestra as informações, não tendo absolutamente nenhuma preocupação em noticiar o que de fato acontece na Venezuela. Além disso, como acontece na imprensa dita de “ centro esquerda” no Brasil, como o jornal Folha de São Paulo, em toda matéria sobre a Venezuela, até mesmo em uma pequena nota utiliza a palavra “ ditador” para se referir ao presidente venezuelano. Outro exemplo de “ centro esquerda” pró-imperialista é jornal espanhol, El Pais, festejado indevidamente pela esquerda brasileira.

Um dos pontos mais destacados por essa imprensa venal foi o baixo comparecimento relativo da população no escrutínio eleitoral, na verdade, o que a imprensa não salienta é que a direita Venezuela está completamente desmoralizada politicamente, por ter apoiado, a política golpista de derrubada do governo Nicolas Maduro.

MRT: Papagaios do imperialismo

A esquerda pequeno burguesa, especialmente os morenistas, que em geral se agruparam em torno da política golpista na medida que atacaram o governo venezuelano, sendo que os agrupamentos vinculados a LIT, a “ organização internacional” vinculada ao PSTU brasileiro chegaram ao absurdo de fazer uma frente com o imperialismo para defender o “ Fora Maduro”.

A confusão da maioria dos agrupamentos da esquerda pequeno burguesa  expressa este alinhamento com a política do imperialismo na Venezuela, apesar  de não apresentarem a defesa do “Fora Maduro” da LIT/PSTU, mas  segue no fundamental essa mesma orientação.  Uma evidência disso são as posições do MRT, egresso do PSTU, que de maneira engonhada apresenta as mesmas posições tradicionais do morenismo.

Na avaliação do processo eleitoral para o Parlamento venezuelano do MRT que pode ser lida na matéria intitulada Participação escassa nas eleições parlamentares na Venezuela no site esquerda diário, afirmações que poderiam ser lidas em qualquer jornal da imprensa burguesa.

“Essa escassa participação marca uma grande diferença com outros processos de eleições parlamentares, como o de 2015, levando em conta que no próprio chavismo houve certa abstenção, levando a oposição a ganhar a Assembleia Nacional. A participação então foi consideravelmente maior do que neste 6 de dezembro. “( site Esquerda Diário)

O que o MRT avalia que o atual regime político na Venezuela não seria efetivamente “democrático”, pois não fez uma eleição “participativa”, entretanto, quando da  vitória da direita em eleições passadas, o regime era “representativo”, sendo que o critério da democracia e de mais respaldo popular seria a participação dos candidatos da direita.

Assim, quando das eleições de 2015 mais teve a presença da direita, era portanto, segundo a lógica dos morenistas, mais “participativa”. Sendo que na verdade, quando o processo eleitoral permitiu a vitória da direita não significou de forma alguma uma maior participação popular, inda tão somente uma vacilação da liderança chavista, que acreditava ser possível uma co-habitação com a direita Venezuelena.

Os acontecimentos posteriores demostraram que era uma ilusão do governo de esquerda, a direita pró-imperialista seguindo a orientação geral partiu para uma política abertamente golpista, utilizando-se inclusive das brechas legais para solapar a democracia venezuelana, chegando ao absurdo de usar o parlamento manipulado pela direita contra o povo. Por isso nunca podemos nos esquecer que o imperialismo colocou Guaidó, como “presidente” autoproclamado “eleito” pelos Estados Unidos e pelos governos imperialistas mundiais.

“Inclusive se se compara com as eleições presidenciais de 2018, impostas pelo governo após a fraude “Constituinte”, onde o ente eleitoral informou que houve uma participação de 40% do eleitorado, o comparecimento este ano pode ser menor. Esta é a tônica das eleições legislativas deste domingo na Venezuela.” (idem)

O governo Maduro é apresentado como um governo que procura fraudar a vontade popular, enquanto a abstenção eleitoral seria vista como uma forma de rejeição ao governo, e que no passado quando a direita estava nas eleições, seria mais “participativa”.

Um exemplo histórico bem conhecido na América Central serve para ilustrar o caráter reacionário das posições do MTR, e da esquerda pequeno burguesa em relação ao processo eleitoral na Venezuela. Na década de 1990, a forma de capitulação dos Sandinistas na Nicarágua foi permitir “eleições” “limpas e participativas”  que elevou a vitória da candidata Violeta Chamorro, dos contras, partido formado por agrupamentos financiados diretamente pelo imperialismo, que tinham provocado a destruição do país, com milhares de mortes na feroz guerra civil durante toda a década de 1980.  Em 1989, depois de dez anos da Revolução Nicaraguense, Daniel Ortega cedeu e permitiu a vitória da direita. Pois bem, é essa a reivindicação do MRT para a Venezuela, que Maduro e o governo chavista entregue de maneira voluntária o poder aos grupos pró-imperialista, em nome da “democracia”.

Essa política do MRT, como de resto da esquerda pequeno burguesa de conjunto, não representa uma alternativa progressista, mas reproduz a mesma política da direita. A avaliação do MRT das eleições legislativas da Venezuela não expressa uma “crítica”, mas expressa tão somente as mesmas posições da imprensa capitalista a soldo do imperialismo.

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