Às vésperas do réveillon, já são centenas de caravanas confirmadas para Curitiba, partindo de todas as regiões do país. São esperados milhares de pessoas para agigantar esse ato que será uma confraternização entre a militância que luta contra o golpe, em solidariedade a Lula preso político, mas acima de tudo será o nosso grito de guerra para as lutas que se avizinham contra o golpe – a começar pela luta pela liberdade de Lula.
Quase que simultaneamente ao Réveillon Vermelho, mas a cerca de 1.400 km de Curitiba, será empossado em Brasília o candidato do golpe e da fraude, o capitão do Exército de extrema-direita, Jair Bolsonaro. É para lá que temos que ecoar o nosso grito de guerra de incondicional oposição e luta pela sua deposição e de todos os golpistas que tomaram de assalto as instituições do país.
Uma questão fundamental que a esquerda não pode se furtar a fazer é mobilizar a população trabalhadora contra o governo golpista, a começar pelos os setores mais conscientes da classe operária e do movimento popular e estudantil.
Na atual etapa em que a polarização política adquire características de confronto, a esquerda não pode deixar que os bandos reacionários saiam às ruas, como tem sistematicamente ocorrido, para agredir militantes de esquerda, sindicatos, negros, mulheres, lgbts, etc. Todo ataque fascista deve ser respondido à altura. É por isso que quanto maior a mobilização, quanto mais os trabalhadores ocupem as ruas, maior será o poder da esquerda para enfrentar a extrema-direita.
Bolsonaro é a versão extrema-direita do golpe. Nesse sentido, será um governo que procurará impor os ditames dos golpistas mais rapidamente. Para isso, a perseguição aos partidos de esquerda, sindicatos e organizações do movimento popular deve ser intensa já no início de seu governo.
É nesse contexto do golpe que Curitiba adquire uma simbologia ainda maior. Lá está encarcerado a mais de 10 meses o inimigo número um do golpe. A luta pela sua liberdade é a materialização mais concreta da luta contra o golpe. É por isso que ainda há tempo para que a esquerde intensifique a mobilização popular para o Réveillon Vermelho.
A direita através da sua imprensa venal tem anunciado que trará dezenas de milhares de pessoas para a posse do fascista. Os golpistas têm a máquina governamental nas mãos e podem até querer promover um arremedo de apoio popular ao presidente fascista, mas a esquerda tem potencial para transformar Curitiba no maior palco de protesto político no país em um réveillon, inclusive com uma manifestação maior do que o ato farsa de Brasília, pois nós temos Lula, a maior expressão popular na luta contra o golpe no país.
Mãos à obra!