Uma das decisões imediatas mais importantes adotadas pelas Conferências Estaduais de Luta contra o Golpe e o Fascismo, realizadas no último domingo (dia 16), foi a de concentrar esforços na realização do “réveillon vermelho”, em Curitiba, como parte da luta pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há mais de 250 dias mantido como preso político, depois de um processo fraudulento, comandado pelo ex-juiz e futuro ministro do governo ilegítimo de Bolsonaro, Sérgio Moro, que o condenou sem provas.
A decisão foi adotada em todos os encontros, que reuniram mais de 500 ativistas, de cerca de 100 comitês de todas as regiões do País. Ela expressa a crescente convicção entre o ativismo que lutou contra o golpe de estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff de que a luta pela liberdade do ex-presidente Lula é uma questão central na luta contra o golpe que se profunda com a posse do governo que se ergue sob a fraude eleitoral que teve como ato central e decisivo a realização das eleições sem a participação de Lula, depois de sua cassação, em aberta violação à Constituição, e da capitulação à este ato e às ameaças dos generais golpistas, por parte da direção do PT, pressionada pela sua ala direitista que defendeu a adoção do chamado “plano B”, ou seja, a substituição de Lula por um candidato mais palatável à direita golpista.
Essa politica de luta, de retomar a mobilização contra os golpistas (Fora Bolsonaro!) e pela liberdade de Lula se opõe, pelo vértice, à política de conciliação e capitulação diante do governo reacionário e d e traços fascistas de Jair Bolsonaro, a quem setores direitistas da esquerda burguesa e pequeno burguesa (inclusive do PT) desejaram “sucesso” e com o qual buscam, até mesmo, colaborar.
A luta pela liberdade de Lula é fundamental para unificar amplas parcelas da esquerda combativa, principalmente do ativismo classista das organizações de luta dos trabalhadores da cidade e do campo, da juventude e de todos os setores explorados, É uma arma, capaz dar coesão à esquerda, no momento, em que o governo direitista prepara uma série de ataques contra o povo brasileiro e a economia nacional que, de forma alguma, poderão ser barrados por meio do entendimento com os golpistas.
A luta pela liberdade de Lula e de todos os presos políticos é uma alavanca para a luta geral e necessária, nas ruas, contra essa ofensiva, que tem como um dos alvos os sindicatos, organizações fundamentais na luta dos trabalhadores que, na próxima etapa estarão sob a ameaça do ex-juiz fascista, que condenou Lula e persegui o presidente, Sérgio Moro, ministro indicado da Justiça, que – com a extinção do Ministério do Trabalho – assumirá as atribuições da Secretaria de Relações do Trabalho, com o claro intuito de perseguir essas organizações da classe operária.
Não há outro caminho para derrotar a direita que não seja o da mobilização nas ruas. O réveillon em Curitiba, será um primeiro e importante passo no sentido de retomar essa perspectiva, que nós do PCO e os Comitês de Luta sempre defenderam. Superar a política de derrotas de conciliação e de esperar por novas eleições.
Dia 31, todos à Curitiba. Às ruas, pela liberdade de Lula e por fora Bolsonaro!
