Policiais militares invadiram na manhã de sábado, dia 03 de agosto, o local onde estava tendo início uma plenária de mulheres do Partido do Socialismo e Liberdade (Psol). O evento estava sendo realizado na cidade São Paulo, portanto, a invasão foi obra da Polícia Militar do governador coxinha e golpista João Dória, do PSDB paulista. Os policiais chegaram ao local por volta das 9 horas da manhã pedindo que os membros da comissão organizadora entregassem os documentos de identidade, pois estavam ali para “monitorar a movimentação do grupo” (sítio Universa, 03/08).
Este é mais um episódio na escalada de arbitrariedades que as forças de repressão vem perpetrando contra movimentos sociais, sindiciais e até mesmo científicos, como foi o caso, semana passada, da presença de policiais em meio a palestra de um professor, durante reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Também em Manaus, poucos dias antes, militares da PRF invadiram reunião de sindicalistas professores que discutiam a organização de protestos contra a presença do presidente fascista Jair Bolsonaro na capital Amazonense.
A ofensiva reacionária e direitista do regime golpista é parte da estratégia da burguesia, da extrema direita e do imperialismo para intimidar e ameaçar os setores que buscam se organizar para enfrentar os ataques do governo fascista de Jair Bolsonaro e suas medidas de destruição dos direitos sociais e das liberdades democráticas do povo trabalhador e do conjunto da nação.
É preciso deixar claro que a ofensiva reacionária dos golpistas e da extrema direita somente poderá ser contida e derrotada através do enfrentamento das massas contra o regime fascista, contra o governo do presidente fraudulento Bolsonaro. Nenhuma articulação parlamentar, nenhum discurso da tribuna do congresso, nenhuma frente com os setores “progressistas” da burguesia poderá impor uma derrota ao regime policial que se avizinha no país.
O sentido prático desta luta deve ser um amplo movimento de massas para enfrentar a ofensiva reacionária dos golpistas, orientado e organizado sob a palavra de ordem de “Fora Bolsonaro”, por eleições gerais e liberdade para Lula, com o restabelecimento dos seus direitos políticos e a anulação de todos os processos persecutórios contra o ex-presidente.