“Não há nenhum indicador econômico que aponte para algo positivo. As baixas taxas inflacionárias, longe de representar o sucesso da política econômica, significam o fracasso da retomada do crescimento. O Brasil está completamente desorientado e sem lideranças capazes de restituir a confiança necessária para que a nação reaja. Dentro desse cenário, a economia não cresce e a vida da população pior”.
Esse é o resumo do “Boletim de Conjuntura” publicado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos”, que mostra claramente que o governo golpista não conseguiu trazer nenhuma estabilidade econômica e não tem a menor perspectiva de melhora. Além desse panorama catastrófico para a economia brasileira, o boletim ainda traz informações sobre os resultados da “reforma” trabalhista e alerta para o perigo das privatizações. Sobre a “reforma” trabalhista, o boletim atesta:
“O cenário de estagnação da economia, com elevadas taxas de desemprego e de “informalidade”, e a entrada em vigor da Reforma Trabalhista, em novembro de 2017, dificultam ainda mais as negociações coletivas de trabalho. Caiu significativamente o número de acordos e convenções coletivas registrados no Ministério do Trabalho nos primeiros meses deste ano, na comparação com o ano passado e em relação à média dos últimos cinco anos”.
As questões levantadas pelo boletim do DIEESE apontam o massacre que o imperialismo vem impondo, sistematicamente, aos trabalhadores. Além disso, o próprio estudo do DIEESE demonstra que o problema do Brasil não pode ser resolvido por meio de uma “liderança” ou de uma pessoa “de confiança” do mercado. O plano dos golpistas não é desenvolver o país, mas sim conseguir, pelos meios que forem necessários, extrair o máximo possível dos trabalhadores, pelo menor preço possível.
As constatações do DIEESE vão totalmente de encontro com as últimas declarações da candidata abutre Manuela D’Ávila. Segundo ela, as eleições serviriam para “discutir uma saída para o Brasil”. Isto é, a situação do país estaria tão controlável que bastaria substituir alguns políticos de suas funções para que tudo voltasse ao normal.
O Brasil não vai melhorar apenas com um plano de governo ou uma eleição artificial. A única forma de dar alguma perspectiva para os trabalhadores é através de uma intensa mobilização permanente contra o golpe de Estado e pela garantia da eleição de Lula à Presidência da República. Abaixo o golpe! É Lula ou nada!