Da redação – Nesta quarta-feira (28), a Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou uma Resolução contra a Venezuela. Para atacar o governo de Nicolás Maduro, presidente do país vizinho, o documento acusa os venezuelanos de “violações graves e sistemáticas dos direitos humanos na Venezuela”. Ironicamente, entre os países que apresentaram a resolução está até o Brasil, hoje governado por um presidente golpista e ilegítimo que defendeu a tortura publicamente em diversas oportunidades.
A OEA mantém, com a aprovação dessa resolução, seu papel de sempre na região: o de representante dos interesses do imperialismo na América Latina. Há duas décadas os EUA tentam derrubar o governo chavista, incluindo nesse percurso o golpe fracassado de 2002. As petroleiras norte-americanas, grandes monopólios econômicos mundiais, querem se apoderar das reservas de petróleo da Venezuela, que são as maiores do mundo inteiro. Por isso o governo dos EUA tentam colocar fantoches direitistas no governo do país.
Além do petróleo, a Venezuela tornou-se o centro da luta contra a dominação imperialista na região. Por meio de uma série de golpes de Estado e manipulações eleitorais, o imperialismo conseguiu impor governos servis a seus interesses em toda a América Latina. Conquistar também a Venezuela tornou-se um problema central para o imperialismo em sua luta contra os trabalhadores de todo o continente.
Além do Brasil, também apresentaram a resolução Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Paraguai e Peru. Todos atualmente sob o controle dos EUA, que também apresentaram junto com esses países a resolução. Luis Almagro, secretário-geral da OEA, já foi mais longe, e disse que não acontecem apenas “violações de direitos humanos”, segundo ele, mas que aconteceriam também “crimes contra a humanidade”. Iniciando uma campanha de perseguição pessoal ao presidente Nicolás Maduro.
Esse ataque à Venezuela e um ataque contra todos os trabalhadores da América Latina. Visa fortalecer a posição do imperialismo para impor o programa neoliberal aos latino-americanos. Um programa de miséria, desemprego, fim dos serviços públicos e saque do patrimônio nacional. É preciso denunciar e rechaçar os ataques à Venezuela da parte do imperialismo norte-americano. Fora o imperialismo da Venezuela!