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“Reprivatizar a Vale”: ministro do entreguismo acha que quem destruiu Brumadinho merece um prêmio

Nesta semana o secretário especial de desestatização, Salim Mattar, deu mais uma declaração, em nome do governo de Jair Bolsonaro, a respeito da tragédia envolvendo o rompimento de uma barragem em Brumadinho, região metropolitana da capital de Minas Gerais, Belo Horizonte. Segundo ele está ocorrendo um processo de “demonização” da Vale, empresa responsável pelo desastre, e que o foco de cobrança deveriam ser os trabalhadores.

Mattar, capacho de Paulo Guedes, responsável por tocar sua agenda de privatizações, defendeu que a companhia Vale não seja a responsabilizada pelo desastre em Brumadinho. Para ele, os responsáveis são os trabalhadores e o corpo diretivo, devendo eles, assim, responder a processos utilizando seus CPFs (Cadastros de Pessoa Física). Fica evidente que essa é mais uma forma de ataque a classe trabalhadora. Os funcionários sobreviventes, além de explorados e expostos a uma situação de enorme risco de saúde e vida, passam a ser os culpados. A tragédia é, sim, fruto da política dos capitalistas, que visam exclusivamente o lucro, destruindo o meio ambiente e a vida de milhares de brasileiros. A ideia do secretário em nada espanta, tendo em vista que essa é a política da direita para a população: o massacre.

Não bastasse a ideia de responsabilizar os trabalhadores pelo desastre, defende ainda uma nova privatização da Vale. A mineradora foi leiloada aos imperialistas, em 6 de maio de 1997, no governo de Fernando Henrique Cardoso, a preço de banana. Na época ela foi vendida a R$3,3 bilhões, quando, na verdade, apenas em reservas naturais, valia mais de R$100 bilhões (avaliação feita no mesmo período, 1997). Atualmente as ações majoritárias pertencem aos capitalistas estrangeiros, conforme pode ser visto no gráfico abaixo:

A ideia de Salim Mattar é que a Vale seja totalmente controlada pelos capitalistas estrangeiros (que atualmente são os acionistas majoritários, tendo o Brasil uma participação mínima, conforme pode se perceber no gráfico acima). Para ele os responsáveis pela tragédia em Brumadinho devem seguir no poder, aumentando a porcentagem de lucro, indiferente aos danos que possam ser causados a população brasileira. O secretário cobra que todas as pequenas ações ainda vinculadas ao governo sejam vendidas, para pagamento de dívidas externas do Brasil e investimento em saúde, educação e segurança. Esse discurso não passa de uma grande mentira dos entreguistas. É importante lembrar que essa era a mesma justificativa de Fernando Henrique Cardoso na época do leilão da mineradora e, dos recebíveis, não houve investimento real para melhorar a condição de vida da classe trabalhadora.

Salim afirmou, em mesma oportunidade, que está em processo de privatização imediata pelo menos quatro estatais: Casa da Moeda, Dataprev, IRB e Serpro. Esse é apenas o começo da onda de destruição da economia nacional prevista pela direita, que prevê, concomitantemente a liquidação de todos os direitos básicos da classe trabalhadora, na tentativa de escravizá-la totalmente. Ao contrário do que propagam os capitalistas, a solução para problemas como o a tragédia em Brumadinho está na reestatização da Vale, sob controle dos trabalhadores.

Este é um momento no qual a organização da classe trabalhadora é fundamental e decisivo no cenário político. O capacho do imperialismo, Jair Bolsonaro, juntamente a sua corja entreguista, prevêem o desmantelamento das organizações da classe operária, comportamento típico de regimes fascistas, na tentativa de as reduzir a simples aparelhos burocráticos. A política de destruição econômica e social da direita já está sendo colocada em prática. Para deter os golpistas é fundamental que todos se organizem em comitês e luta contra o golpe e de autodefesa e que sejam realizadas amplas mobilizações populares. A força dos trabalhadores é, sem dúvidas, maior que a da burguesia que tenta esmagá-los, assim como já dizia Leon Trótski “o proletariado não apenas é capaz de lutar, mas de vencer”.

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