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Repressão nos estádios: Atlético-MG é punido por “cantos homofóbicos”

Não pode haver qualquer dúvida que no Brasil de hoje, a censura e a repressão invadiram todos os poros da sociedade. A escalada repressiva está presente em todos os aspectos da vida social do país, onde há uma clara e inequívoca perseguição e sufocamento das liberdades democráticas mais elementares, expressas principalmente no livre pensar e manifestar.

A verdadeira ditadura que vem sendo instalada no país contra os direitos democráticos da população é claramente percebida em quase todas as ocasiões onde há grandes concentrações populares, evidenciando que não se trata de um ou outro fato isolado, mas a expressão de uma política consciente da burguesia e da direita, que tem o objetivo claro de impor um regime de repressão, terror e perseguição ao conjunto da população.

No rastro desta perseguição reacionária a direita vem ampliando o seu controle sobre as manifestações populares, onde até mesmo se expressar em uma partida de futebol se tornou um ato perigoso e muito arriscado, podendo ter graves consequências, chegando mesmo a processo judicial contra os autores do “terrível delito”.

Um exemplo claro desta situação ocorreu por ocasião da partida disputada entre as duas equipes de maior torcida do estado de Minas Gerais, válida pela vigésima quinta rodada do “Brasileirão” 2018. Cruzeiro e Atlético se confrontaram no lendário estádio do Mineirão – atualmente o local onde o Cruzeiro manda os seus jogos – num dos clássicos de maior importância e rivalidade do futebol brasileiro.

No decorrer da partida, num determinado momento, a torcida atleticana passou a entoar um cântico que foi considerado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) como “cantos homofóbicos”, ofensivos à torcida do rival Cruzeiro, de acordo com a denúncia da Procuradoria. Para a mesma Procuradoria “a torcida é parte indissociável dos clubes, sendo desse a responsabilidade pelas atitudes tipificáveis perpetradas por aquela” (site SUPER.FC, 26/09). Por este “crime hediondo” a justiça desportiva está processando o Clube Atlético Mineiro por descumprimento do “Artigo 13-A do inciso V do Estatuto do Torcedor, que proíbe os torcedores de entoar cânticos discriminatórios, racistas e xenófobos; e o artigo 66 do RGC que versa conteúdo político – o cântico da torcida citou o nome do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro” (idem, 26/09).

Absurdo, ridículo e patético. São essas as palavras encontradas para descrever a decisão da justiça desportiva em processar um clube de futebol pelo fato de sua torcida entoar cânticos, ou seja lá que tipo de manifestação for, num estádio de futebol. A gozação ao adversário sempre foi uma das manifestações mais importantes das torcidas, independente das formas como elas se apresentam ou se expressam. Pela “grave infração” de sua torcida, o Atlético responderá no STJD e corre o risco de ser multado em até 100 mil reais.

Os fatos ocorridos no Mineirão e a decisão da justiça desportiva em punir um dos clubes mais tradicionais e de maior torcida do país, evidenciam uma escalada sem precedentes, nos últimos anos, de ofensiva da direita, da burguesia e do imperialismo contra os direitos democráticos mais elementares da população. A tentativa em sufocar o direito à livre expressão e manifestação das massas populares é parte da campanha obscurantista que os golpistas e o conservadorismo social reacionário tentam impor ao conjunto da sociedade. As torcidas dos clubes de futebol de todo o país devem protestar energicamente, exigindo a imediata revogação do processo judicial e das ameaças da justiça contra o Atlético Mineiro e o conjunto das torcidas em todo o país. Faz-se necessário também uma campanha pelo direito de livre manifestação nos estádios, sem qualquer interferência da policia e da justiça.

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