A explosão do coronavirus em todo o Brasil levou o governo ultradireitista estadual de São Paulo, e algumas prefeituras da direita liberal do interior de São Paulo, a reprimir o direito de ir e vir dos seus cidadãos, decretando toque de recolher em seus municípios e aplicando pesadas multas a todas as pessoas que infligirem esse decreto. O cerceamento da liberdade de locomoção das pessoas, muito comum durante período do governo militar, quando o chamado “governo da revolução” restringiu a liberdade das pessoas e considerou subversivo todos aqueles que não respeitassem a sua autoridade, o que posteriormente normatizada pelo AI-5, revela a verdadeira truculência deste decreto. Com a intensificação das contaminações pelo coronavírus, vemos a reprise desta medida autoritária, agora assumindo um viés de paliativo para reprimir os direitos individuais e coletivos da população e conter o avanço da doença, tornando-se uma medida de caráter pseudo-sanitário.
A medida tomada pelo governo ultraliberal do estado de São Paulo e por algumas prefeituras direitistas do interior do estado vem de encontro aos números de óbitos no interior de São Paulo ultrapassar os da capital, foram 6.777 mortos no interior contra 6.675 na capital, o quantitativo de óbitos em todo o estado soma 13.759, além do esgotamento dos leitos de UTI. Isso levou tanto o governo estadual como algumas prefeituras municipais a tomarem medidas preventivas para conter o avanço da doença no estado, entre elas reprimir o direito de ir e vir dos seus cidadãos e aplicar pesadas multas aos seus cidadãos, que mal tem dinheiro para prover a sua sobrevivência, instaurando um estado policialesco em todo o estado de São Paulo.
Entretanto, essa medida preventiva adotada pelo governo e por algumas prefeituras direitistas do interior de São Paulo revela o completo descaso com que a pandemia vem sendo tratada nesta região, antes mesmo do fim da pandemia o prefeito reeleito da capital Bruno Covas relaxou a quarentena visando às eleições municipais, acompanhado de alguns prefeitos do interior para também poderem de reeleger. Isso provocou uma nova onda de contaminação do vírus em todo o estado, onde muitos municípios regrediram da fase laranja para a fase vermelha, onde as medidas preventivas são muito mais rígidas.
Alguns estados vizinhos ao de São Paulo, como Paraná e Mato Grosso Sul estão tomando medidas idênticas para tentar frear o avanço da doença em suas respectivas regiões, supostamente tendo em vista o deslocamento de pessoas entre esses estados. Destaca-se que ambos os governadores dos respectivos estados são também da direita liberal.
Paralelo a toda esta problemática sobre a contaminação do coronavírus na região de São Paulo, o governador liberal direitista João Dória faz uso político da vacina a ser fabricada pelo instituto Butantã visando a sua eleição presidencial em 2022, no seu discurso hipócrita, diz que vai vacinar todos os cidadãos do estado de São Paulo e dos demais brasileiros que estiverem transitando pelo estado, estimulando um turismo pela vacinação, o que vai aumentar ainda mais os casos de contaminação pelo Brasil e agravar a crise sanitária.
Assim, nota-se que tanto para os governos federal, estaduais e municipais, principalmente aqueles ligados a direita liberal, a vida dos brasileiros é o que menos importa o mais importante para esses governantes hipócritas são os seus interesses políticos eleitorais, onde o povo brasileiro não passa de algoritmos.