Durante o pré-carnaval, a direita se utilizou de enorme repressão contra os blocos carnavalescos e os foliões diante da enorme festa popular com um tom político cada vez maior.
Em São Paulo, a Secretaria de Segurança Pública divulgou as informações do primeiro final de semana da festa e os números são absurdos. A PM prendeu mais de 400 foliões e foram realizadas 64.847 abordagens. Esse enorme aparato repressivo se deu através da Operação Carnaval Mais Seguro, que colocou mais de 15 mil policiais.
No domingo, um policial civil reagiu a um assalto no meio do bloco que estava na avenida Luis Carlos Berrini e atirando para todos os lados atingiu 5 pessoas e colocou em risco a vida de pessoas que estão no local apenas se divertindo.
Em Salvador um folião foi preso por usar uma fantasia que imitava a farda da PM e com dizeres favoráveis ao uso da maconha. Os policiais militares disseram que o jovem foi preso por estar “trajando vestes que fazem apologia à maconha e usando indevidamente uma insígnia alterada”.
A imprensa burguesa busca contribuir com essa repressão e contra o carnaval de rua. As reportagens sobre o lixo, exagero dos foliões e violência. Mas no caso da violência policial chega a fazer propaganda da necessidade do uso da força, como no caso dos cinco feridos na ação do policial civil.
Essa ação conjunta das forças de repressão e da imprensa buguesa servem para tentar acabar com o carnaval popular. Essa enorme repressão, somada aos outros ataques, como corte de verbas, inúmeras exigências que inviabilizam os blocos de carnaval, cobranças indevidas e outras ações fazem parte das inúmeras tentativas da direita de acabar ou tentar controlar ainda mais o carnaval.
A burguesia está cada vez mais assustada com qualquer atividade popular que concentre um grande número de pessoas, ainda mais o carnaval que é uma festa extremamente popular e política, e após o golpe se tornou uma festa com inúmeras manifestações de repúdio a direita, e principalmente, Bolsonaro.
O carnaval serve para mais uma campanha contra a direita e os golpistas, e revela a farsa (propagandeada por setores da própria esquerda) de que a população apoia as ações da direita e sustenta o governo Bolsonaro.