Repressão no Carnaval sob Bolsonaro foi tão grande quanto na ditadura.
O golpe militar de 64 violentou a soberania popular ao apear do poder o presidente Jango, que havia sido eleito vice-presidente pelo povo, e assumiu a titularidade de chefe de Estado de acordo com a lei vigente. Essa ditadura foi violentíssima.
Contudo, a polícia de Bolsonaro atacou no Carnaval e, nada ficou devendo em violência, abuso e bestialidade.
Talvez o fato mais representativo deste Carnaval tenha um destaque especial em São Paulo cuja repressão, neste carnaval, culminou com a prisão de mais de 1,3 mil pessoas. Estamos diante da mais dura repressão desde a Ditadura Militar. Este fato nos dá às largas que estamos em um regime cada vez mais ditatorial.
Também a selvageria dessa polícia bolsonarista pode ser vista também no Carnaval do Rio de Janeiro, por exemplo, a polícia, sob desculpa de resolver uma briga, botou para correr 1,2 milhões de pessoas com uma chuva de bombas de gás.
É o Carnaval, a festa do povo e, o momento de muita politização e, não faltou a nenhum bloco carnavalesco e mesmo grandes escolas de samba a crítica a Bolsonaro e bolsonaristas.
A rigor o carnaval no país ocorreu sob um Estado de sítio disfarçado. Fato é que o Carnaval sob Bolsonaro combinou uma dura repressão com censura e, bombas de gás lacrimogêneo. O resultado: foliões apavorados em desabalada correria neste carnaval que será lembrado como o mais repressivo desde os tempos da ditadura militar.
O que houve foi o velho e bom mais do mesmo. A polícia parece ter feito no asfalto de Copacabana o que faz quase todos os dias nas favelas. Cheias de milicianos autorizados e protegidos, as forças de segurança bancadas pelo trio Bolsonaro-Witzel-Crivella — que não gosta de Carnaval — mostraram a face mais repressiva nesse reinado de Momo.
A figura do presidente, personagem central do enredo carnavalesco de 2019 e 2020, desfilou em diversos blocos ao lado de milhares de laranjas, que trouxeram o tom crítico ao governo que já se demonstrou ter o ódio da população contra si.
O samba-enredo da Mangueira, por exemplo, fala em Jesus ao lado dos pobres e oprimidos e contra intolerância. A presença de 300 mil no Bloco da Favorita no domingo mostrou que a turma não arredará o pé de por Bolsonaro para fora!
A química explosiva já se mistura no Carnaval 2020: a presença de governantes autoritários e retrógrados, forças de segurança mais repressiva já vista e população frustrada e insatisfeita, eis o componentes de uma grande bomba prestes a explodir.
E, apesar da repressão e violência, este carnaval de 2020 foi o mais politizado dentre outros. Vejam que mesmo fora do Brasil Bolsonaro recebeu “destaque” em países como Portugal, França e Alemanha.
Na Marques de Sapucaí não foi diferente o repúdio da população foi imenso. Este fato recoloca a questão central e vital do momento: FORA BOLSONARO E TODOS OS GOLPISTAS!!