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Manifestantes tomam as ruas.

Repressão a protestos no Iraque faz mais três mortos

No Iraque, manifestantes tomam as ruas contra a política imposta pela invasão dos EUA em 2003 e exigem a derrubada do regime político.

Em meio à enorme crise política, manifestantes saíram às ruas no Iraque e foram recebidos à tiros pelas forças de repressão. Com bloqueio de estradas em Bagdá, sobretudo a paralisação que durou dias e impediu a movimentação no principal porto do Golfo de Umm Qasr, ao sul da cidade petrolífera de Basra, assim como em Shatra, a população se rebela contra a situação política do país. Em contrapartida, já consta na fatura do aparato repressivo iraquiano a morte de – pelo menos – 13 manifestantes nas últimas 24 horas. A tarefa, no entanto, é dispersar as crescentes manifestações contra os partidos políticos que controlam o governo iraquiano.

De acordo com depoimento de fontes médicas à agência Reuters, após a execução de oito pessoas na segunda-feira (4), as forças de segurança seguiram a matança e mataram a tiros pelo menos outras cinco durante a noite ou no início da terça-feira (5), isso inclui, também, o óbito de uma pessoa morta após ser queimada viva em uma procissão fúnebre realizada por outra que morrera horas antes.

As autoridades de Basra chegaram a impor um toque de recolher por volta das 22 horas (horário local) na noite de segunda-feira, para dispersar a multidão que tomava as ruas. O clima de tensão aumenta a cada dia. De acordo com fontes de segurança, manifestantes teriam atacado a casa de um alto funcionário do governo.

Jeanine Hennis-Plasschaert, enviada das Nações Unidas para o Iraque, denunciou a violência e afirmou estar “chocada com o contínuo derramamento de sangue no Iraque”, no Twitter. Ainda segundo Jeanine, “a violência apenas gera violência, os manifestantes pacíficos devem ser protegidos. Já é hora de o diálogo nacional.”

Vale lembrar que mais de 260 manifestantes foram mortos desde que as manifestações se deram no início de outubro em Bagdá e em várias cidades do sul. Sabe-se, portanto, que desde então a revolta da população tem se expandido e, em todo caso, as demandas por mudanças radicais e uma revisão do sistema político do país – imposto à força após a invasão liderada pelos EUA em 2003, constam como pano de fundo da agitação popular.

A força da população tem colocado em xeque o sistema político, visto que na semana passada, o presidente Barham Salih disse que o primeiro-ministro Adel Abdul Mahdi estaria disposto a renunciar quando os líderes políticos concordassem em substituí-lo. Ademais, Barham pedira uma nova lei eleitoral bem como, afirmara que aprovaria as primeiras eleições parlamentares assim que promulgadas. Todavia, o discurso não surtira efeito e, por conseguinte, falhara em arrefecer o ânimo daqueles que parecem determinados a manter a pressão sobre o governo.

Apesar de seu movimento não ter líderes, na segunda-feira à noite os manifestantes exigiram da Praça Tahrir: que o governo precise renunciar imediatamente; o Parlamento deve ser dissolvido; as eleições precisam ser agendadas e as comissões precisam ser selecionadas com credenciais e não com afiliação partidária” em mente.”, disse o presidente.

A crise política iraquiana, assim como todas que tomaram o globo, resumem a atual situação de dificuldade da política imperialista em manter o domínio sobre os países mais atrasados e debilitados economicamente. Após a crise de 2008 o capitalismo vem se arrastando e revelado a inépcia em estabilizar a situação política para manter seu domínio político pelo mundo. É fato, portanto, que os levantes no mundo inteiro têm colocado a política de terra arrasada do imperialismo e sua cartilha neoliberal em condições cada vez contra a parede.

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