O jornalista golpista e de extrema-direita, Willian Waack, publicou um artigo no jornal O Estado de S. Paulo, no final da última semana, criticando a posição do presidente golpista e ilegítimo, Jair Bolsonaro. Bolsonaro determinou que as Forças Armadas comemorassem o aniversário de 55 anos do golpe militar, no que foi seguido pelas declarações de seus ministro, como o ministro golpista Ernesto Araújo, que afirmou que não hou golpe militar e sim um movimento do Exército contra uma “ameaça comunista”.
Waack afirma em seu texto que o que houve foi de fato um golpe militar. Para jornalista, no entanto, a tortura, a censura e a perseguição política foram consequência da resistência armada imposta pelos grupos de esquerda, denominados por ele como sendo “terroristas”. O jornalista golpista afirma que a ditadura foi derrubada pelos setores “conservadores e liberais da sociedade”, os quais teriam tirado o país do regime exceção.
Para além da demagogia do autor do texto, é preciso relembrar que Wiliam Waack defende as mesmas posições de Bolsonaro. Que o jornalista foi e é um ferrenho apoiador do golpe de estado contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, a prisão do ex-presidente Lula. Quando era ancora na Rede Globo, Waack não perdia a oportunidade de destilar seu cinismo e seus ataques pérfidos à esquerda, algumas vezes escapando até mesmo de seu controle, quando fez um comentário racista durante uma transmissão ao vivo.
O ataque de William Waack a Bolsonaro e sua trupe é mais uma demonstração de descontentamento, entre setores da própria burguesia, com ações políticas e econômicas do governo; longe de ser expressão de uma real divergência ideológica. A crítica de Waack a Bolsonaro mostra a crise que há dentro da própria base de determinados setores do bolsonarismo que estão descontentes e impacientes com as dificuldades do governo golpista de impor a política de terra arrasada contra o povo.
Sobre a ditadura, é preciso desmentir mais um cinismo do jornalista golpista, que taxou os grupos armados de esquerda de “terroristas”, quando os verdadeiros terroristas estavam no poder, impondo o terror, a tortura, a perseguição e a morte contra todo o povo brasileiro, buscando ocultar que a luta armada foi parte da luta legítima contra o verdadeiro estado fascista que se impôs no País. Ao taxar os grupos de esquerda de “terroristas”, Willian Waack busca inverter a história e a realidade e esconder a verdadeira atrocidade que cometida pelos militares contra a juventude, a classe trabalhadora e todo o povo brasileiro.