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Rui no 247

“FHC é um canalha. Uma das cinco pessoas mais odiadas do Brasil”

Presidente do PCO participou de mais uma Análise Política na TV 247 e criticou veementemente a aproximação do Lula com FHC.

Na Análise Política da TV 247 deste dia 25/05/2021, o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, discutiu a política mundial e nacional e os fatos mais importantes do momento. Comandando por Leonardo Attuch, o programa vai ao ar toda terça-feira às 16h com retransmissão pela COTV.

Começando com as questões internacionais, a notícia do encontro entre Biden e Putin e a ameaça de sanções do imperialismo contra a Bielorrússia mostram uma provocação contra a Rússia e o governo Putin: “Não há sentido de fazer isso daí. É uma crise interna no país, por exemplo, ninguém fez isso na Colômbia aonde a mobilização contra o governo colombiano é muito maior do que foi na Bielorrússia. Então, é evidente que é uma política que responde a outros objetivos”.

Como já dito outras vezes, o imperialismo está fazendo um cerco para uma futura guerra por procuração usando tropas irregulares, milícia, utilizando outros países, impulsionando oposições internas, como está acontecendo na Bielorrússia, por exemplo.

Comparando a política imperialista no oriente com a América Latina, Rui disse que “da mesma maneira que os norte-americanos necessitam, por exemplo, naquela região da Rússia, da OTAN para poder manter a pressão sobre os russos, – porque a OTAN atua ali, a Turquia, todo o leste da Europa, então a OTAN atua em toda essa região, ela tem grande desenvoltura ali, uma abertura para a Ásia próxima etc. – da mesma maneira que eles precisam disso daí, na América Latina eles vão precisar que os países estejam alinhados com essa política. Por que não se trata simplesmente de uma competição contra a Rússia, é todo um cenário de profunda instabilidade política que eles tem que fazer frente”.

A situação chilena, com uma votação massiva à esquerda, mostra a instabilidade vivida na América Latina. Portanto, o problema do imperialismo não é somente com governos, mas com povos e tudo o que possa escapar do controle deles. Recentemente, o governo Biden estimulou a aquisição da bomba atômica pelo Japão, demonstrando essa política imperialista de controlar toda e qualquer ameaça a instabilidade do regime de dominação mundial.

Putin e Biden

Sobre o encontro entre Biden e Putin anunciado para 16 de junho em Genebra, Rui não espera muita coisa. Os Estados Unidos consideram Rússia e China como potências regionais, não mundiais. Somente o fato de terem Forças Armadas não tornam nenhum país uma potência global. “Os norte- americanos tem milhares de bases espalhadas pelo mundo, esse é um dos fatores que torna os Estados Unidos uma potência militar mundial. Como eles conseguiram isso? Através de tratados e do peso econômico da economia e do imperialismo norte-americano. Os russos e chineses não tem isso daí, eles atuam muito na sua própria região, veja a dificuldade deles de se aproximarem da América Latina (…)”, afirmou.

“Não estão dadas as condições, nem acho que a política prioritária do imperialismo seja essa, de um confronto militar imediato e geral. É um jogo de pressões e de conflitos localizados. Os norte-americanos querem fazer com que a Rússia e a China recuem das posições que eles adquiriram no último período. Por exemplo, a Síria. A questão da Bielorrússia também”, disse Rui. E continuou: “Eles deram um golpe na Ucrânia para retira-la da órbita de influência russa. Eles vão procurar fazer com que os russos e chineses vão recuando gradativamente, vão cedendo terreno tanto do ponto de vista militar quanto do ponto de vista econômico e as negociações fazem parte dessa política. Logicamente que o Biden vai fazer exigências aos russos em troca de suspender o embargo econômico”.

“Temos que ver como isso irá funcionar. O Putin tem se revelado uma pessoa extremamente habilidosa no trato com o imperialismo. Ele soube, por exemplo, encontrar o momento e o pretexto corretos para intervir na Síria. Ele colocou o pezinho na Venezuela, não foi muita coisa, mas ele foi hábil nesse sentido. Ele veta determinadas ações do imperialismo”, completou.

Putin é mais habilidoso e mais concreto do que os Estados Unidos, coisa natural já que os norte-americanos têm uma burocracia grande e poderosa, porém muito ineficiente. Eles se atrapalham muito e têm muitas contradições internas.

Peru

Duas notícias recentes foram destacadas por Rui para entender a política imperialista atual. O aparecimento de destaque de Bolsonaro na posse do neoliberal radical Lasso no Equador indica as relações entre Bolsonaro e o imperialismo. E, no Peru, o apoio de Mario Vargas Llosa a Keiko Fujimori (cujo pai foi usado para implantar uma ditadura contra a guerrilha peruana do Sendero Luminoso) é algo muito chamativo e mostra que na hora “H” as forças ditas democráticas da direita apoiam qualquer um. Aqui no Brasil, para essa direita apoiar Bolsonaro é algo muito mais fácil que o fujimorismo no Peru.

Ricardo Salles

A operação da Polícia Federal contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é vista por Rui como sendo a política do “vamos cortar uma asinha do Bolsonaro sem cortar Bolsonaro completamente”. A questão ambiental é uma questão usada por Biden durante toda a campanha e é a questão mais chamativa do governo Bolsonaro internacionalmente. Trata-se de uma questão onde é preciso “aparar as arestas” e alinhar o governo brasileiro à política, demagógica, é fato, do imperialismo.

Questionado se essa operação contra Salles poderia ser um indício de um ataque contra Bolsonaro, Rui foi enfático ao dizer que “não há nenhum indício de que o imperialismo esteja nessa política, nesse momento aqui, de derrubar o Bolsonaro. Não vi nada disso. Pelo contrário, ele tem sido tratado com luva de pelica. Um fato importante foi a Cúpula do Clima. Se era para atacar o Bolsonaro ali era a oportunidade. O Biden tinha a oportunidade de transformar o Brasil numa parte do “Eixo do Mal” do Ronald Reagan”.

Sobre o encontro entre Lula e FHC, Rui, assim como na análise política do último sábado, disse que foi “algo muito negativo”. “Não sei se Lula ou os dirigentes do PT têm a ilusão [de que o PSDB venha a apoiar o PT na eleição]”, comentou.

“Acho negativo porque Fernando Henrique Cardoso é um canalha. Uma das piores figuras – se a gente for olhar bem eu acho que tem pouca gente na história do Brasil que foi pior do que o FHC como presidente. Esse cidadão reduziu o país a pó. Ele só não transformou o Brasil num país africano porque não era fácil de fazer. Mas que ele fez uma tentativa muito séria ele fez”, concluiu.

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