Nesta terça-feira (09/06), o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou a criação de um novo programa social após a pandemia de coronavírus chamado de Renda Brasil.
Segundo as informações o novo programa viria em substituição ao programa social Bolsa Família, criado pelo PT e tão criticado pela direita, em particular pelo governo Bolsonaro. O novo programa centralizaria vários programas sociais como o seguro-defeso, abono e salário família, englobando setores do trabalho informal. A medida pode até enganar alguém muito ingênuo, mas é a preparação de terreno para a destruição de diversos programas sociais, o maior deles sendo o Bolsa Família.
Apesar da apresentação do programa social Renda Brasil não foi definido nenhum público alvo, nem orçamento e nem o valor que seria utilizado para as pessoas. O que sabemos é que vai ser uma miséria de auxílio pois Guedes deu a seguinte declaração quando questionado sobre o sobre o valor do auxílio estendido, se limitando a dizer que o valor pago atualmente, de R$ 600,00, corresponde “a um nível de emergência total”.
Em primeiro lugar devemos desconfiar totalmente de qualquer medida “social” vinda do governo Bolsonaro que sempre atuou contra os trabalhadores. Em segundo lugar, devemos ver que a direita e o governo Bolsonaro estão colocando em prática uma política de terra arrasada e que os programa sociais são o alvo principal de eliminação do governo.
Há uma enorme dificuldade da direita de acabar com o Bolsa Família e outros programas sociais de uma vez. Por isso, Bolsonaro e a direta estão destruindo esses programas sociais aos poucos. Isso porque há milhões de pessoas que cumprem todos os requisitos para receber o programa e estão na fila para receber o benefício e não ocorre nada.
Essa é uma medida, mas existem várias como por exemplo colocar uma série de requisitos para serem cumpridos, como comprovação de renda e o tipo de trabalho, que fica impossível de ser comprovada. Como um agricultor ou pescador vai provar sua profissão. Sendo assim fica muito fácil de impedir o acesso de beneficiários.
Há também cortes de verbas e desvio de recursos, como vimos nessa semana a tentativa de desviar cerca de R$ 80 milhões de reais do bolsa família para outros setores. Numa clara tentativa de tirar aos poucos recursos dos programas sociais.