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Fora Imperialismo

Relatório do Banco Mundial propõe destruir funcionalismo no Brasil

Reduzir salários e transformar o funcionalismo público em empregos precários iguais aos do setor privado, esse é o objetivo do Banco Mundial.

Os ataques do governo golpista de Jair Bolsonaro contra os trabalhadores é sistemático. Agora, o alvo da vez são os servidores públicos e a estabilidade de emprego que o funcionalismo público proporciona. Como bons capachos que são, a mando do Banco Mundial Jair Bolsonaro e seu ministro alucinado Paulo Guedes estudam fazer uma “reforma administrativa” no serviço público e que inclui medidas neoliberais, dentre elas a criação de um tipo de servidor público temporário. Para embasar essa ofensiva neoliberal disfarçada de proposta para melhorar a economia, a equipe de Paulo Guedes se escora num relatório feito pelo Banco Mundial, mostrando como estão os países que adotaram essas medidas no serviço público.

O relatório é intitulado como “Gestão de Pessoas e Folha de pagamentos do setor público brasileiro: o que dizem os dados” e, é claro, possui um diagnóstico final que todo governo neoliberal procura, geralmente baseado em dados que não condizem com a realidade e números maquiados, que aponta que o problema não é a quantidade de servidores públicos existentes, mas, sim, o valor de seus salários. Para o Banco Mundial, um dos maiores símbolos do imperialismo mundial e da falência dos países atrasados que aceitaram sua política, o Brasil precisa urgente e de forma imprescindível uma reforma administrativa, já que a União gasta quase 25% do orçamento para pagar servidores ativos (12%) e aposentados.

O BM ainda apresenta, como se estivesse fazendo piada com a cara do trabalhador, três países que fizeram ou estavam para fazer essa reforma administrativa e foram um “sucesso”: Portugal, Reino Unido e França. Não é preciso muito para ter claro que os três países são muito mais avançados do que o Brasil, são realidades completamente diferentes, então essa comparação é espetacularmente absurda. Em Portugal, por exemplo, para que um funcionário público seja contratado, dois precisam se aposentar, o que faz faria pouco sentido aqui no Brasil, tendo em vista que o problema não é o “excesso” de gasto com folha de pagamento, mas, sim, de péssima distribuição do dinheiro da União.

Outro ponto importante é que a estabilidade de emprego estaria ameaçada, no caso de Portugal, o ponto da contratação baseada na aposentadoria de dois servidores seria um beco sem saída: ou você se aposenta ou é demitido, tudo para dar lugar a um novo servidor que ganharia menos provavelmente. A progressão de carreira por tempo de trabalho também estaria liquidada, por mais que o servidor tenha dado grande parte da sua vida no serviço, isso não significaria um aumento salarial, nem progressão na carreira, nada. Isso porque esse mecanismo para a progressão seria substituído pelo nível de produtividade, ou seja, você precisaria produzir muito mais para alcançar novos cargos mais altos, o que é absurdo, já que pressiona o trabalhador a ponto de afetar até sua saúde mental.

O Banco Mundial está louco para colocar as mãos na economia brasileira, explorá-la e afundá-la em dívidas depois, a fim de criar um ciclo de dependência da instituição. Querem reduzir o salário dos servidores públicos ao nível do salário dos trabalhadores do setor privado, quando o certo seria fazer o justamente o contrário. Cada dia mais o setor privado está precarizando seus trabalhadores, retirando benefícios, estabilidade, achatando salários, fazendo das carreiras empregos temporários, enfim, é um verdadeiro pesadelo para a população. Mais uma vez, o problema não está na falta de dinheiro, aliás, no governo Bolsonaro, tudo que mais acontece é corte de investimento em tudo quanto é área, em compensação, o governo golpista não se poupa em gastar milhões comprando deputados para aprovarem projetos que atacam a população. A política deve ser pela defesa do serviço público, pelo Fora Bolsonaro e Fora Imperialismo do Brasil!

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