A frente ampla passa por dificuldades de se concretizar no Brasil, com a atual radicalização ela está perdendo o lastro da situação política. Assim, a direita se vê forçada a atacar mais ainda o PT e os setores do chamado “lulopetismo”, a ala mais ligada ao ex-presidente Lula, para tentar reviver seus fossilizados candidatos preferidos. As pesquisas eleitorais, que não servem para nenhuma análise precisa da vontade popular mas sim, para perceber o que pretende a imprensa burguesa, apontaram nesta última semana que o antipetismo cresce como força política em São Paulo.
As pesquisas do Ibope/Estadão/TV Globo, principais órgãos de imprensa que alimentaram o golpe, pretendem fomentar que o antipetismo supera o petismo na principal cidade do País. Seriam 36% dos moradores que não votariam de forma alguma no partido, contra apenas 23% que se consideram simpatizantes. Outros dados nesse mesmo âmbito, são de que os antipetistas se concentram mais nos centros urbanos, “onde a renda e os níveis de escolaridade são maiores” como cita o Estadão, bem como aqueles que mais odeiam o “partido de Luiz Inácio Lula da Silva” são os brancos (44%) e os evangélicos (36%), na frente dos negros (29%) e dos católicos (34%).
Fica evidente em primeiro lugar que se trata de uma mentira. O ódio a Lula e ao PT, único partido com amplo apoio das massa no Brasil, é inventado pelo capitalismo e não consegue contrapor a vontade popular, o que é comprovado pelo necessidade de condenar o candidato que seria eleito. Em segundo, que o público alvo da notícia são os setores pequeno-burgueses da metrópole, para que continuem depositando toda sua esperança em candidatos que servem apenas de degraus para a direita. Para isso, torna-se necessário diminuir a popularidade evidente de Lula, como também ridicularizar os setores mais oprimidos e menos iludidos com as promessas da esquerda fracassada. A notícia tenda dar o parecer, ainda, que o candidato do PT para prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto, tem um teto que limita seu avanço, pois teve apenas 1% na pesquisa Ibope.
Nesse sentido, realmente é impossível que a esquerda tenha qualquer vitória concreta contra as artimanhas golpistas eleitorais da direita, a qual detém o monopólio das campanhas eleitorais. A frente ampla, propagandeada pelas mentirosas imprensas golpistas e promovida por diversos setores da esquerda, nada tem a acrescentar para os trabalhadores. Pelo contrário, seus únicos objetivos são destruir as organizações e a mobilização popular, além de fortalecer a direita desesperada.
Por isso, o Partido da Causa Operária (PCO) propôs a todos os partidos da esquerda uma campanha de mobilização popular, em torno de novas eleições gerais, com Lula candidato, o único capaz de centralizar a força dos trabalhadores. Essa é a única alternativa para a esquerda nacional, que se decidir continuar em uma já fracassada campanha eleitoral e pior, na aliança com os principais setores da direita tradicional, sofrerá uma das piores derrotas de toda história.