Da redação – Deverão ocorrer eleições gerais em dezembro no Reino Unido, após o adiamento do Brexit para janeiro, o que fez com que o primeiro-ministro conservador Boris Johnson pedisse a realização de eleições.
Em um primeiro momento, na segunda-feira (28), os parlamentares na Câmara dos Comuns (Câmara Baixa do Parlamento) votaram, em sua maioria, a favor da proposta de Johnson para a antecipação de eleições para 12 de dezembro, por 299 a 70 que votaram contra. Entretanto, não alcançaram uma margem de dois terços dos votos. Eram necessários, no total, 434 votos.
Essa foi a terceira derrota de Johnson no Parlamento para adiantar novas eleições.
Porém, as chances aumentaram após o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, anunciar que vai apoiar a realização de eleições gerais antes do Natal. “Nós agora vamos começar a campanha mais ambiciosa e mais radical pode mudanças que o nosso país jamais viu”, declarou.
A mudança de postura dos trabalhistas se deu após a confirmação da União Europeia do adiamento formal do Brexit para 31 de janeiro. O Reino Unido tinha até 31 de outubro para sair do bloco, e Johnson queria uma saída sem acordo nenhum. Devido às intensas tensões, a decisão foi adiada por três meses.
Esse tem sido o sintoma maior da crise política vivida no Reino Unido, um reflexo da crise estrutural do capitalismo que se mostra cada vez mais evidente com os desastres econômicos até mesmo das potências imperialistas e as tensões políticas que se acirram, como, por exemplo, o crescimento da extrema-direita, o movimento em direção a uma revolta popular das massas e as movimentações separatistas das regiões oprimidas por países imperialistas como Reino Unido (Irlanda do Norte, Escócia, etc) ou Espanha (Catalunha), por exemplo.