A crise capitalista está levando os regimes políticos dos países desenvolvidos ao completo desmantelamento. Em 2016, o plebiscito pela saída da União Europeia foi recebido com muita apreensão pelo imperialismo, pois significou o início de uma série de derrotas que culminou com a subida de Donald Trump ao governo estadunidense.
O “Brexit”, como foi chamado o plebiscito contra a União Europeia, refletiu o imenso desgaste dos governos e partidos controlados pela burguesia. Afinal, a União Europeia é um dos principais artifícios do imperialismo para sustentar o reino dos bancos dos países desenvolvidos.
Após o “Brexit”, o governo da primeira-ministra Thereza May entrou em colapso. A cada dia que passa, o governo definha mais e vê seus aliados desertando. May ainda não renunciou apenas porque as novas eleições seriam vencidas, provavelmente, por Jeremin Corbyn, que é um representante dos sindicatos ingleses.
Thereza May, que é membro do Partido Conservador britânico, tem defendido publicamente a saída da União Europeia. No entanto, o que de fato o imperialismo planeja para o Reino Unido é uma saída “de mentira”, que preserve as relações fundamentais. Essas manobras pró-imperialistas têm sido motivo de embates com setores da burguesia dentro do próprio partido de Thereza May.
Nessa semana, durante o congresso do Partido Conservador, Thereza May fez um discurso pedindo união pelo seu plano de saída do Reino Unido. No entanto, não é essa a tendência que se expressa: setores como Boris Johnson, que até pouco tempo era ministro de May, defendem a completa saída da União Europeia. O próprio ex-ministro chegou a qualificar os planos de May como “enlouquecidos”.