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Ataque à cultura

Regina Duarte propôs juizado da cultura para fomentar a censura

Enquanto era secretária da cultura, Regina Duarte propôs a Bolsonaro que fosse criado um juizado com o intuito de julgar civil e criminalmente processos relacionados à cultura

Regina Duarte já saiu do Secretaria da Cultura, porém, suas ações enquanto era secretaria ainda repercutem. Em sua coluna para a revista Época, o colunista Guilherme Amado revelou que em uma minuta do dia 07 de abril, a então secretaria da cultura havia proposto ao presidente fascista Jair Bolsonaro que fosse criado um juizado da cultura.

Esse juizado teria o dever de julgar processos relacionados à cultura, como os casos relacionados a direitos autorais. O juizado julgaria de maneira civil e criminal tais processos, o que por si só já possui um caráter retrógrado e fascista. Porém, não é somente disso que se tratava a criação do juizado.

A ex-secretaria propunha também que o juizado ficasse responsável por  “práticas culturais que mereçam análise aprofundada quanto aspectos ligados à dignidade humana”. Apesar de confusa, essa parte da minuta claramente atribui ao juizado proposto a tarefa de censurar obras que vá contra a visão fascista de Regina Duarte e de todo o governo bolsonarista.

O juizado seria composto por indicados dos ministérios bolsonaristas, como o Ministério da Mulher e o da Justiça, assim como pela Secretaria da Cultura e por outras instituições.

Durante o período da ditadura militar, a censura foi realizada a partir do AI-5, que já foi amplamente defendido pelos fascistas bolsonaristas que desejam não só a volta da censura mas também a volta de tudo que havia de pior no tempo da ditadura militar de 1964.

A defesa de um juizado com essas características, mais uma vez, joga um balde de realidade naqueles que em algum momento pensaram que havia no governo Bolsonaro alguém que não fosse fascista. A própria Regina Duarte chegou a receber elogios de alguns artistas que já haviam trabalhado com ela na rede Globo e que diziam que “apesar de direitista, não é nazista” em referência ao secretário da cultura que ocupou o cargo antes de Regina Duarte, Roberto Alvim, que havia reproduzido uma fala do ministro da propaganda de Hitler, Joseph Goebbels.

O fato de que a ex-secretaria da cultura tenha feito uma proposta nesse sentido a Bolsonaro também escancara o rumo que deve tomar o governo fascista caso ele não seja derrubado nas ruas. Nas últimas semanas, várias declarações de militares, além de declarações e ações do próprio presidente da república, demonstraram que há sim a intenção de fechamento do regime por parte do governo.

Por isso é de extrema importância que a esquerda se mobilize pelo Fora Bolsonaro, para impôr uma derrota ao golpe de estado de 2016 e impedir que o país entre em uma ditadura fascista.

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