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A Sereia do Capital

Regina Duarte Merece uma Estátua

Regina Duarte é a cara do governo Bolsonaro: inimiga nº 1 da cultura

Regina Duarte flertava com todo mundo, inclusive com o Brasil. O Brasil já tinha rugas bem vincadas, envelhecia, tomado por uma peste que lhe roubava toda a jovialidade, a ditadura militar. Regina não. Tinha a tez suave, olhar sedutor, o corpinho desejável, o que garantia a ela o sucesso em todas as rodas, dos jovens aos decrépitos, dos milicos do Planalto aos torturadores da rua Tutóia, em São Paulo. O que o leitor talvez não saiba, é que uma parte da esquerda também flertava com Regina e ela com aqueles. Parece inverossímil, se visto através dos óculos da atualidade.

É bom saber que a esquerda em geral, tinha a simpatia do povo. Tínhamos lá, nossos heróis de carne e osso como Marighella, Prestes, Lamarca, Zé Dirceu e uma penca de gente com sangue nas veias e ódio revolucionário, capazes de sacrificar suas vidas pela revolução socialista. O leitor de hoje não seria capaz de imaginar, a menos que seja idoso, aquilo que corria por baixo do manto da clandestinidade. Na sombra dos apartamentos, nos quartos de pensão, repúblicas de estudantes, nas paredes úmidas de toda aglomeração subnormal, como se diz na língua do IBGE- havia uma chama de revolta, partilhada entre espoliados conscientes. Muitos falavam em pegar em armas e não eram repreendidos pelos demais. Parecia um outro país.

Em contraponto, a classe média crescia, graças à espoliação acima mencionada. A compra em suaves prestações fazia a cabeça da pequena burguesia. Gente que comprava o carro DKW Vemag sem ter como pagar, mas não perdia a pose. Vestia terno de Tergal que nunca amassava, perfumava-se com Aqua Velva depois de aparar as costeletas, investia em letras de câmbio ou na Poupança Continental.

Nesse quadro, a burguesia brasileira introduziu uma grande campanha ideológica, baseada na persuasão de perfil romântico. As novelas da Rede Globo eram o veículo ideal para conduzir essa campanha. E a Regina, a atriz ideal para executar o roteiro, o que fez dela a namoradinha do Brasil. As mocinhas queriam se parecer com ela e os mocinhos queriam comê-las, como se comessem a Regininha.

A Regininha, como foi dito, também gozava da simpatia dos comunistas de carteirinha, o pessoal do falecido PCB, por exemplo. Regina fazia visitas a encontros clandestinos do partido, levando o sorriso sedutor consigo. Pode o leitor imaginar tal cena? Tudo bem que grande parte dos traidores da revolução vieram desses quadros, mas… a Regininha? Filha de militar, atriz da Globo, milionária… se aproximar de comunistas? Foi assim, acreditem.

Agora podemos ver melhor. Regina sempre foi o que é. Uma alma alugada a quem pode paga-la, na moeda que convier.

Aquela novela continuou, a mesma que assistimos até hoje, a novela conjuminada com o telejornal das oito. Seria impossível um Brasil em que boa parte dos conterrâneos se tornaram boçais, se não houvesse uma namoradinha desse tamanho.

A burguesia devia erguer uma estátua à namoradinha do Brasil. Para que os cães depositem nela uma homenagem épica.

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