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Manobra da Lava Jato

Lula rejeita semiaberto e denuncia manobra da Lava Jato

Com medo da polarização política, direita golpista está procurando esvaziar a campanha pela liberdade de Lula

A Lava Jato está tramando um golpe para tentar se preservar. O Ministério Público Federal (MPF) fez um pedido para que o ex-presidente Lula, preso político há 541 dias, vá para o regime semiaberto. Assim, Lula passaria o dia fora da prisão. Como tudo no processo de Lula, o pedido do MPF é extremamente raro: em 99% dos casos em que um preso teria direito ao regime semiaberto, o MPF jamais aparece com um pedido desses. Quem espera exercer o direito ao semiaberto, em geral não pode contar com a benevolência do MPF. O que move essa ação tão incomum no caso do ex-presidente é o interesse político da direita golpista em torno do caso.

Antes mesmo de o pedido do MPF aparecer, Lula já se pronunciava contra o semiaberto no seu caso. E reiterou essa posição por meio de suas redes sociais, destacando um trecho de sua recente entrevista ao sítio GGN, gravada dia 25: “Não vou pedir progressão. Estou ciente do papel que estou cumprindo aqui e da canalhice que fizeram comigo. Quero sair daqui inocente, 100%, como eu entrei. Eu durmo tranquilo, eles não. Estou aqui por responsabilidade deles e não minha”.

Ou seja, Lula não aceita meias medidas em relação ao seu processo fraudulento. Como este jornal sempre defendeu, os processos de Lula devem ser anulados, pois ficou demonstrado que são uma farsa completa, tramada para prendê-lo arbitrariamente. É isso que Lula reivindica ao dizer: “Quero sair daqui inocente, 100%, como eu entrei.”

 

Lava Jato tenta se salvar

É nisso que consiste a campanha pela liberdade de Lula. Não se trata de pedir favores aos golpistas, mas de derrotar a direita e impor a liberdade de Lula junto com a anulação dos processos fraudulentos armados contra o líder petista. Justamente a campanha pela liberdade de Lula é a preocupação da direita. Lula polariza a situação política, e a direita teme uma virada completa na correlação de forças, em um momento de intensa crise do governo da direita golpista. A campanha pela liberdade de Lula pode colocar tudo a perder do ponto de vista da direita golpista e do imperialismo. A queda da Bastilha de Curitiba pode representar a queda do próprio regime político tal como a direita está tentando estabelecer e estabilizar, sobre novas bases após o golpe de 2016.

O regime semiaberto nesse caso consiste, portanto, em uma tentativa de evitar essa polarização e esvaziar a campanha pela liberdade Lula. Dia 14 de setembro o ato pela liberdade de Lula colocou na rua a campanha pela liberdade de Lula, uma campanha específica em torno desse problema, com a palavra de ordem: Liberdade para Lula! Um novo ato pela liberdade de Lula, e pela anulação de todos os processos, já está marcado para o próximo dia 27, aniversário de Lula. Um ato que pode ter grandes proporções, polarizando contra a Lava Jato e a direita golpista com uma grande campanha nas ruas. É esse cenário político novo que a direita tenta, desesperadamente, impedir.

 

Apoiadores próximos a Lula rejeitam o golpe do MPF

Rejeitando a manobra da direita, Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, uma espécie de porta-voz de Lula hoje, criticou imediatamente o pedido do MPF, ainda na sexta-feira (27). Em uma rede social, Hoffmann afirmou que: “Lula tem direito à liberdade plena, seu processo foi viciado, fraudado, c/ foco político, conforme revelações da #VazaJato. O STF deve julgar suspeição de Moro e anular o processo soltando Lula imediatamente, sem regime de prisão. Isso é golpe do Dallagnol“.

O irmão de Lula também se pronunciou contra o regime semiaberto: “Ele ir para casa nessa condição é, para mim, ir como um bandido. Não é correto. Tem que ficar em casa, sim, mas livre e solto. Absolvido! E agora que o Supremo (STF) está perto de julgar. Na minha opinião, deve continuar enfrentando. Se precisar, que fique mais dois ou três anos. É a história dele em jogo. Não é qualquer coisinha, não!” Reafirmando, assim, a posição do ex-presidente sobre o problema, e exigindo também a anulação dos processos. A namorada de Lula, Rosângela Silva, também reafirmou essa posição em uma rede social, afirmando que: “A Liberdade irá nos alcançar mas não virá assinada por aqueles que fraudaram a Justiça!”

A ex-presidenta Dilma Rousseff, derrubada no golpe de 2016, durante um ato político em Madri, na Espanha, também defendeu a rejeição do semiaberto, dizendo que Lula “não pode sair com um controle eletrônico amarrado na perna”. E completando: “Ele quer sair como um inocente. Só sai da prisão com a cabeça em pé, não se sair curvado”. Ou seja, também defendendo a anulação dos processos fraudulentos contra Lula.

 

Campanha deve continuar

A campanha pela liberdade de Lula deve continuar, contra a manobra da direita de tentar esvaziá-la. Independentemente dos desdobramentos do caso daqui em em diante, a reivindicação de liberdade para Lula inclui a defesa da anulação dos processos políticos e fraudulentos contra ele. Portanto, dia 27 o ato por sua liberdade deve ser mantido. Pela liberdade de Lula e pela anulação dos processos. Para derrotar a direita golpista, dia 27 é dia de novamente tomar as ruas. Liberdade para Lula!

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