Em um estudo publicado por cientistas brasileiros e ingleses no periódico científico Global Change Biology, em que alguns dos cientistas que participaram do estudo se negaram a assinar a coautoria do artigo por meio de represálias do governo fascista de Jair Bolsonaro, foi apontado que o aumento dos incêndios na floresta amazônica levará o Brasil a desmatar mais de 10 mil km² nesse ano. Se a taxa seguisse normalmente a tendência dos últimos anos, o número seria de 8278 km².
Durante 2004 e 2012 o Brasil havia recuado o desmatamento em 80%, possuindo um leve aumento desde 2012 para cá. O aumento, no entanto, não justifica o desmatamento recorde de 2019, que na verdade é causado diretamente pelo fator Bolsonaro.
Além do fato já destacado nesta matéria, de que Bolsonaro vem perseguindo órgãos, grupos e cientistas ligados à luta contra o desmatamento ou que pelo menos demonstrassem os dados em sua realidade, o que vemos é um incentivo para a grilagem de terras e o apoio aos latifundiários que desejam expandir seus negócios sobre a floresta amazônica.
Bolsonaro representa um risco para o país e para toda a população brasileira. Durante o pico dos incêndios deste ano, o imperialismo mundial, principalmente o imperialismo francês de Macron, jogou a carta demagógica do salvamento do clima, dizendo que a Amazônia seria de todo o mundo e não somente do Brasil. Após as declarações do presidente francês, algumas pessoas de todo o mundo, inclusive membros da esquerda pequeno burguesa brasileira, chegaram a apoiar a iniciativa, levando o país ao risco de se dividir.
A política revolucionária apoia outra alternativa para os problemas da floresta amazônica. Ao invés de deixar que o imperialismo tome conta de uma parte do território brasileiro, e ao invés de permitir sua destruição desenfreada e sem benefícios para a população brasileira, a política correta é a de lutar pelo fora Bolsonaro. Somente a derrubada do presidente ilegítimo e fascista, colocado no poder pela burguesia que deu o golpe de 2016 e que prendeu Lula para que ele não concorresse, é que poderemos baixar o nível de desmatamento e realizar uma exploração inteligente do território.