Em mais um ataque imperialista, o governo dos Estados Unidos, através de seu porta-voz Mike Pompeo ofereceu, nesta quinta-feira (18), recompensas de até US$ 10 milhões por informações sobre Jesús Santrich e Iván Márquez, dois ex-chefes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Num total cinismo, Pompeu afirmou que “ambos são ex-líderes das FARC que abandonaram o processo de paz e têm um longo histórico de participação em atividades de tráfico de drogas, o que levou a suas acusações penais”. Ainda, segundo o chefe da diplomacia estadunidense, há preocupação de que o governo de Nicolás Maduro “esteja fornecendo apoio a grupos armados ilegais da Colômbia”. Ora, por que não matar dois coelhos com apenas uma cajadada? Ao avançar contra Maduro e as FARC, o imperialismo poderia se livrar de dois empecilhos para a implementação de sua política de terra arrasada na região.
Vale salientar que casos de perseguição e assassinatos de ex-membros das FARC são recorrentes em todo o território colombiano. Desde o acordo de paz, em 2016, 201 ex-combatentes foram assassinados sob a tutela do governo fascista de Ivan Duque. Diante dessa traição por parte do governo de extrema-direita de Ivan Duque, ex-combatentes vieram a público, através de vídeo, anunciar que voltaram a pegar em armas, citando “traição do Estado” em relação ao pacto realizado com o governo do ex-presidente Juan Manuel Santos. As FARC que se institucionalizou e agora, portanto, é um partido, vem fazendo denúncias quanto a presença de um grupo fascista que estaria perseguindo ex-combatentes na cidade de Argélica. Denúncia feita em abril, destaca que um grupo armado de 100 pessoas estaria revistando casa por casa atrás de ex-membros do grupo. Diante dessa ação, por parte do governo o que se tem é uma completa omissão, assim como de outros órgãos que nada fazem para interferir concretamente nessa questão, como é o caso da ONU (Organização das Nações Unidas) – organização controlada pelo imperialismo – lembremos.
Numa política de cooptação de setores oportunistas, os Estados Unidos – através do Departamento de Estado – estimula grupos mercenários ao oferecer recompensas milionárias pela cabeça de vários de seus opositores, entre eles Nicolás Maduro (US$ 15 milhões) e Iván Márquez (US$ 5 milhões). Já o fantoche do Imperialismo estadunidense, Iván Duque, procura sustentar as bases para uma operação militar contra a Venezuela sob a direção do imperialismo ao afirmar que, assim como Márquez e Santrich, líderes do Exército de Libertação Nacional (ELN) também se escondem dentro dos limites do território bolivariano. É evidente que tudo isso se trata de um ataque por parte do imperialismo contra seus inimigos políticos. Agindo por meio de uma ditadura imposta pelo governo fascista de Ivan Duque, o imperialismo busca avançar contra as FARC e o governo bolivariano. É preciso, portanto, denunciar essa política de extermínio contra os líderes das FARC e a tentativa de derrubar o governo de Nicolás Maduro.