No início deste ano, a Inglaterra passou a demonstrar interesse em construir uma base militar na região do Caribe e aumentar seu poder geopolítico sobre a região. O lugar mais provável seria a Guiana, uma ex-colônia inglesa que ainda mantém fortes laços com a matriz.
Nesta semana, o governo russo denunciou que a base já está sendo construída em uma das ilhas do delta do Rio Essequibo e deve servir de polo para operações de treinamento de milícias, sob a velha desculpa de “combate às drogas”. Mas o que se passa de fato é que venezuelanos estão sendo recrutados e deslocados para a região – sob o pretexto de serem refugiados da “crise humanitária” – e lá serão treinados para que retornem à Venezuela e desestabilizem o regime de Maduro.
Não apenas os EUA mas todo o grande capital tem interesse na Venezuela. Tendo a Guiana como uma das principais aliadas no continente americano, a Inglaterra não ficaria de fora deste cerco imperialista contra o país bolivariano. Além de fazer fronteira com a Venezuela, a Guiana mantém com ela disputas territoriais que muito interessam aos imperialistas. Historicamente, mais da metade do território guianês pertenceu à Venezuela na época da independência, mas os ingleses e holandeses não queriam perder seus pontos de controle na região. Atualmente, a área é de grande interesse pelas jazidas de petróleo e outras riquezas minerais.
Mas para isso, o imperialismo se esforça para derrubar um país autônomo e transformá-lo num capacho. Quanto mais a Venezuela avançar na revolução, mais ela impulsiona os países vizinhos a fazerem o mesmo. Todo apoio a Maduro e à revolução bolivariana. Imperialistas fora da Venezuela e da América Latina!