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Sem a mobilização é suicídio

Reformulação de interventor da UFRGS deve enfrentar mobilização

Bulhões impõe reformulação administrativa na UFRGS. Em resposta, o CONSUN marca reunião extraordinária. Entretanto, a única forma de barrá-la é na mobilização pelo Fora Bulhões.

O atual interventor bolsonarista da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) segue com seu programa, a política de destruição das universidades públicas impulsionada por Bolsonaro e toda direita golpista. Assim, Bulhões, terceiro candidato na lista tríplice nomeado pelo presidente, leva a frente o desmonte da própria UFRGS pela implementação de uma reestruturação ditatorial da universidade. Para fazer frente a tal ataque, as tentativas institucionais são reconhecíveis, mas a única ação que impedirá a destruição da universidade é a mobilização combativa dos estudantes, bem como de toda a comunidade acadêmica.

A reformulação proposta pelo interventor, nada mais é do que um eufemismo para o arrasamento da UFRGS, proposta para todas as instituições de ensino do País. Sem nenhum tipo de diálogo, ela pretende abrir caminho para os plenos poderes da reitoria. Assim, como primeira reação, o Conselho Universitário da UFRGS convocou uma reunião extraordinária do CONSUN para o dia 5 de outubro, às 9 horas, para debater as medidas de reformulação e sua implementação completamente antidemocrática. Nenhuma assembleia foi realizada, e como se não bastasse, o novo reitor nem chegou a consultar o CONSUN. 

Aqui é importante compreender que o próprio CONSUN é muitas vezes subordinados as intenções da direita e da burocracia universitária, por isso mesmo é considerado o “órgão máximo de função normativa, deliberativa e de planejamento da Universidade nos planos acadêmico, administrativo, financeiro, patrimonial e disciplinar, tendo sua composição, competências e funcionamento definidos no Estatuto e no Regimento Geral da UFRGS”. 

Mesmo assim, o mesmo reitor que prometeu uma gestão marcada “por muito diálogo e algumas modificações estratégicas na estrutura organizacional”, passou por cima do principal órgão administrativo da instituição. Fica claro que com essa índole não existe nenhum diálogo, como também que as modificações estratégicas são voltadas para o avanço do capital financeiro e da perseguição ao movimento dos estudantes e dos trabalhadores. Além disso, como apontou a coordenação do DCE, algumas das medidas já anunciadas pelo novo reitor, como a criação da Pró-Reitoria de Inovação e Assuntos Institucionais, são, na avaliação da entidade, uma porta aberta para o avanço do processo de privatização.

Todas as entidades representativas de professores, estudantes e funcionários técnico-administrativos rejeitaram a indicação de Bulhões, considerando-a uma intervenção do governo federal que estrangula o princípio da autonomia universitária previsto na Constituição. Além do DCE, a ASSUFRGS (Sindicato dos Técnico-Administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS) também repudiou a nomeação de Bulhões analisando que ela representa “o avanço dos projetos privatistas e de cortes na educação pública no âmbito da universidade”. Para a ADUFRGS Sindical, “além de desrespeitar a vontade da maioria da comunidade acadêmica e do seu Conselho Universitário, a escolha abala os princípios do Estado de Direito Democrático, ferindo, sobremaneira, o projeto de Universidade Pública estabelecido nos marcos constitucionais”.

Dado conhecimento público das medidas fascistas do atual governo golpista, a reunião do CONSUN contará com membros de diversos segmentos da comunidade universitária, como professores, diretores de unidades e funcionários técnico-administrativos e estudantes. Entretanto, o poder de decisão dos estudantes, os mais progressistas e mais afetados pelas ações do reitor, é praticamente nulo dentro do conselho. Na reunião, a confiança em uma luta burocrática pode ser suicida para a UFRGS. Toda a discussão deve ser em torno da mobilização combativa, não só contra Bulhões mas contra o próprio governo Bolsonaro. A gestão tríplice, de estudantes, professores e técnicos, deve substituir a atual gestão ditatorial por um fortalecimento do movimento estudantil e do movimento dos trabalhadores.

Por isso, os estudantes devem se organizar para continuar a radicalização de seus atos, bem como promover grandes assembleias para pautar seriamente a greve estudantil e, assim, exigir o “Fora Bulhões” e o governo tripartite da universidade!

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