Anunciado o roubo da previdência intermediado pela reforma que o governo golpista de Bolsonaro irá promover, ficou declarado que um dos setores que mais sofrerá com a reforma, são os trabalhadores rurais. Com esse novo modelo, a aposentadoria desses trabalhadores será totalmente destruída. A mudança na Previdência Rural, prevê que seja transferido dos sindicatos para as prefeituras o poder de comprovação do tempo de contribuição dos produtores; o sindicato realizava o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) para segurados rurais.
Mais uma vez, isso se caracteriza como mais um ataque contra os trabalhadores rurais, os mesmos já temem as consequência da medida aprovada, pois sabem que ao retirar a função do sindicato de representa-los entregará toda a responsabilidade nas prefeituras que são grandes alinhadas da política golpista em escala nacional. Além disso, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais (Contag) afirmou que apenas 3% dos trabalhadores possuem o CNIS e que portanto, sem o sindicato para realizar esse processo de aquisição, instantaneamente as prefeituras logicamente usarão isso como manipulação contra os trabalhadores para o seu jogo político.
Logo, essa reforma não representa nada menos que um massacre dos trabalhadores do campo, enquanto que a dívida dos latifundiários é perdoada pelos golpistas (foram 7,6 bilhões em 2017). Com isso, todo o vínculo dos trabalhadores com o sindicato será prejudicado, uma vez que o mesmo é o responsável por todo o processo e é o único meio de comunicação dos produtores com a cidade; na contrapartida muitos irão ficar a mercê das prefeituras ou sequer obterão alguma informação.
Essa é o programa de governo da extrema-direita, uma política inteiramente contra a classe trabalhadora. Nesse sentido, a única saída e derrota do regime golpista está na mobilização dos trabalhadores. É preciso organizar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nos comitês de luta contra o golpe e autodefesa para impulsionar a luta imediatamente.