O golpe é racista! Os negros são os cidadãos que mais necessitam e que sentirão os impactos dos cortes de gastos em serviços públicos como de saúde e educação, bem como, em programas de assistência sociais. São os mais vulneráveis nas questões de trabalho, são trabalhadores rurais, terceirizados, informais e domésticos. Ou seja, os que já estão sofrendo os efeitos da redução de salário e do desemprego impulsionado pelo regime golpista.
Em novembro de 2018, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) divulgou os resultados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) que demonstraram queda de 4,4% no rendimento médio do trabalhador entre 2014 e 2017 sem considerar efeitos da grande inflação acumulada neste período, o salário médio caiu de R$ 2.132 para R$ 2.039. Neste contexto, um trabalhador negro recebeu em média o equivalente de 57,9% da renda de um branco em 2017, ou seja, uma pessoa negra teve renda média de R$ 1.516 e uma pessoa branca superou 2 salários mínimos e recebeu R$ 2.615.
A taxa de desemprego que era de 6,9%, em 2014, saltou para 12,5% em 2017. Isso significa um amento de mais de 6,2 milhões de pessoas desempregadas, o numero de desempregados dobrou e chegou 13,2 milhões de pessoas em todo país. Os negros representam 63,4% dos desempregado, a população negra desempregada chegou a 14,7% e a de brancos 9,9%. Os negros representam ainda 66% dos trabalhadores domésticos e 25,2% trabalhadores negros são ambulantes.
O povo negro por meio de suas organizações e movimentos precisa denunciar a política golpista anti-povo que promove o seu esmagamento. São inúmeras as declarações e as práticas racistas do regime golpista. A luta de todo negro neste momento é a luta contra Golpe. Por isso, é urgente que o povo negro integre suas forças aos comitês de luta contra o golpe e o fascismo. Ocupar as ruas e derrotar regime golpistas!