No Estado do Paraná, Sindicatos patronais avançam para cima dos trabalhadores rodoviários, amparados nos decretos golpistas do governo Bolsonaro(medida provisória 936), os tubarões do transporte coletivo, tentam expropriar os motoristas, cobradores e funcionários das empresas de ônibus, jogando o ônus da crise epidêmica do COVID 19 nas costas dos trabalhadores e suas famílias.
Em Londrina, trabalhadores do transporte rodoviário terão redução salarial de até 70%. Após assembleia nesta terça-feira (7), o sindicato pelego, Sinttrol (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina) aprovaram em consenso com o sindicato patronal, a proposta de acordo coletivo sugerida pelas empresas da cidade. Com a traição da direção sindical dos trabalhadores, eles irão arcar com redução salarial e de jornada que será escalonada entre os trabalhadores, com reduções de 25%, 50% até 70%, por até 90 dias.
Nesse período, os trabalhadores, depois que comprovarem a redução salarial, irão receber um percentual do salário desemprego, que não reporá o que foi roubado. Outra preocupação para o restante dos rodoviários do norte do Estado é que o sindicato pelego, que já assinou a redução em Londrina, um dos maiores municípios do Estado, tem a sua base sindical com mais 50 outros municípios. É necessária a urgente organização dos trabalhadores em oposição sindical para impedir, que mais ataque se consolidem.
O drástico corte salarial irá atingir 1.040 funcionários da TIL Transportes Coletivos S/A e da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL).
A traição do presidente do Sinttrol, João Batista da Silva é tão grande, que o pelego, tem a desfaçatez de dizer que os trabalhadores entenderam o momento econômico das empresas. Os trabalhadores que em todos os momentos de estabilidade e de bilionários lucros dos capitalistas nunca tiveram a contra partida, ou seja, nunca os patrões atenderam as reivindicações dos trabalhadores, agora o traidor dos trabalhadores, vem dizer que os trabalhadores entendem um pequeno prejuízo patronal. Tal atitude, nunca deve ser perdoada pelos trabalhadores, que no momento propício cobraram a conta dos patrões e de seus lambe botas, como o representante sindical.
Na maior cidade paranaense, a investida patronal é a mesma. Pelo menos seis das 29 empresas que operam o transporte coletivo em Curitiba e região metropolitana pagaram apenas 50% dos salários referentes ao mês de abril a motoristas e cobradores, com a desculpa da redução de passageiros em razão do isolamento social.
A outra parte dos salários deve ser paga até o fim do mês, de acordo com as empresas. Diferentemente de Londrina, em Curitiba a organização política e sindical dos trabalhadores é superior, somente em razão disso, a empresa diz que irá pagar a diferença até o final do mês, o que não deve de modo algum ser dado como.certo pelos trabalhadores, os patrões querem ganhar tempo, para no final do mês darem o golpe.
Também se aproveitando do golpe de Estado, as empresas alegam cortes, quando as empresas responsáveis pelo repasse público como a Urbs, que administra o transporte na capital, disse que não houve corte no repasse de dinheiro para as empresas.
A Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) também disse que repassou integralmente o valor do subsídio estadual.
Ao menos seis mil trabalhadores, segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), estão sendo atingidos pelo calote patronal. O sindicato destacou que é totalmente contra a medida.
Com a crise os patrões ganham ainda mais, tendo seus repasses públicos mantidos e ao mesmo tempo reduzem a frota, economizando com combustíveis e manutenção ao mesmo tempo que facilitam a proliferação da epidemia, com os pouquíssimos ônibus cheios. Quando deveriam aumentar e dobrar as frotas para garantir a segurança dos trabalhadores e da população usuária.
O transporte não deve ser comércio é necessária a organização da população e trabalhadores para defender a estatização do transporte público, com isso, o fim das tarifas sustentadas pelos próprios impostos que o povo paga. E os rodoviários terem a estabilidade no emprego, sem redução salarial. É necessária a organização da greve de toda categoria rodoviária do Estado, como a única forma de garantir os salários dos trabalhadores. Parando totalmente os transportes públicos para defender os salários e a vida dos trabalhadores e população.