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Redução de Bolsonaro tira auxílio de 6 milhões de pessoas

Governo prorroga o auxílio emergencial não sem antes promover a sua diminuição pela metade e a exclusão de milhões de beneficiários

A crise econômica brasileira já dava indícios de sua gravidade antes mesmo da chegada da pandemia do Coronavírus, mas com o atual cenário aquilo que já se encontrava em um panorama complicado acabou ficando ainda pior. Diante disso, com tantos brasileiros sem emprego formal e sem fonte de renda, o governo se viu obrigado a criar um auxílio emergencial a fim de evitar, ou melhor, postergar uma convulsão social cada vez mais iminente. Inicialmente pensado para ter um valor miserável de R$200 pelo governo, a esmola do Estado burguês ficou no valor de R$600 para os trabalhadores conseguirem se manter durante a crise, e desde o início tem se tornado mais um problema do que solução para muitos trabalhadores, e não é diferente agora, com o anúncio do governo golpista da sua prorrogação até o mês de dezembro (o auxílio foi pensado inicialmente para ter duração entre os meses de abril a agosto).

Auxílio emergencial: a solução que virou problema          

Antes de colocarmos os novos problemas advindos com a prorrogação do auxílio, é necessário uma retomada de todos os outros problemas que os trabalhadores tiveram de enfrentar para conseguir acessar o auxílio emergencial, ou melhor, para pelo menos tentar que o benefício fosse aprovado. Quando anunciado, o auxílio emergencial foi pensado para ser um benefício completamente online, desde o cadastro até o recebimento, nesse sentido, o problema já começou por aí para milhões de brasileiros que não tem acesso a internet ou que não possuem aparelhos celulares do modelo “smatphone”, já que todos os procedimentos seriam feitos online, segundo o governo para evitar filas e aglomerações nas agências da Caixa Econômica Federal, o que foi completamente falho, já que até hoje, mesmo após cinco meses da sua implantação, vemos enormes filas para o recebimento do auxílio. Somente neste problema, milhões de brasileiros já começaram a serem excluídos do acesso ao auxílio emergencial. Outro problema que atingiu milhões de brasileiros foi a demora por parte do governo para fazer a análise das documentações para que o benefício fosse liberado, muitas vezes com erros de atualização cadastral, cadastros falsos, além da recusa de se aprovar o benefício a muitos brasileiros que se encontravam elegíveis às regras de recebimento, além dos brasileiros que se encontram com documentações em falta por simplesmente não terem documentos, ou seja, mais uma camada de trabalhadores foi excluída do auxílio, onde muitos ainda esperam para terem seu benefício aprovado, mesmo tendo a urgente necessidade de recebê-lo. Por falar em recebimento, a retirada do benefício também sempre foi dificultada aos trabalhadores que conseguiram passar por todos esses empecilhos, onde os aplicativos de recebimento travam, agências da Caixa Econômica sempre se encontram lotadas e também o atraso no pagamento das parcelas feito pelo próprio governo.

Prorrogação do auxílio: mais problemas e mais trabalhadores excluídos

Mesmo com todos esses problemas, o auxílio emergencial foi prorrogado até o mês de dezembro, mas, como tudo no governo Bolsonaro em relação aos trabalhadores há suas ressalvas, mais problemas apareceram com as novas regras de recebimento. Primeiramente, o valor que era de R$600 foi reduzido a metade, e com as novas regras estão previstos que mais de 6 milhões de brasileiros não consigam receber integralmente a segunda rodada de pagamentos prevista para até o mês de dezembro. Isso ocorre porque o governo golpista não irá pagar dispêndios relacionados ao programa em 2021, ou seja, o Auxílio Emergencial tem o prazo de validade para até o final do ano e nada mais será gasto com o mesmo no próximo orçamento. Isso quer dizer que trabalhadores que se cadastraram no auxílio nos prazos finais, no mês de julho, ao seguirem o calendário de pagamentos só receberiam a primeira parcela de R$300 em dezembro, e essa seria a única, já que em janeiro não haverá mais pagamento e com isso o trabalhador perde três parcelas, ou seja, R$900 de “economia” para os cofres do governo por trabalhador, e assim sucessivamente com os outros trabalhadores ao seguirem a sequência do calendário. Com mais esse ataque, o governo prevê um corte de gastos que chegam a R$5,7 bilhões por mês e R$22,8 bilhões até o fim do ano, ou seja, mais dinheiro que é retirado das mãos do trabalhador e que provavelmente passará para a mão dos grandes capitalistas e banqueiros sangue sugas dos trabalhadores e do Estado. Além disso, o governo excluiu sem dar esclarecimentos quase 5 milhões de cadastros do auxílio, e também cortou o benefício para duas cotas por família, antes eram autorizadas até três. Mais uma vez, o governo utiliza de suas políticas demagogicamente com os trabalhadores e ao mesmo tempo em que dá também retira com a mesma facilidade aquilo que deveria ser um direito dos trabalhadores em meio a crise.

Contra a crise e por um auxílio justo, todos pelo Fora Bolsonaro

            O auxílio emergencial é um exemplo claro de que o governo golpista de Jair Bolsonaro não está interessado em resolver os problemas da classe trabalhadora em meio a uma crise tão grande a qual o mundo está passando. Usado demagogicamente por Bolsonaro enquanto milhões de trabalhadores sofreram e sofrem verdadeiras humilhações por parte do Estado para conseguir ter acesso ao mínimo, o auxílio tem um valor que não condiz com a necessidade dos brasileiros, ainda mais com os produtos da cesta básica cada vez mais inflacionados e a dificuldade para ter acesso a serviços básicos cada vez maior. Enquanto os trabalhadores passam por todas essas mazelas, o governo continua com sua agenda liberal implementando políticas nocivas aos direitos dos trabalhadores enquanto entrega trilhões de reais nas mãos dos grandes capitalistas. Neste sentido, para se superar a crise e pela busca de um auxílio que realmente supra as necessidades do trabalhador em meio a crise é necessária a mobilização da classe operária em torno do Fora Bolsonaro, somente com a derrubada do governo estes ataques poderão ser parados. Por eleições gerais, com Lula candidato, por uma assembléia constituinte e pelo Fora Bolsonaro, é necessário sairmos às ruas, pela sobrevivência dos trabalhadores brasileiros.

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