A mobilização popular para o ato do dia 29 de maio a favor da vacinação imediata da população, de um auxílio emergencial no valor de um salário-mínimo e pelo Fora Bolsonaro vai crescendo cada vez mais.
Surpreendendo quem ainda considera o futebol uma “alienação” política, dois coletivos de torcedores, cujos times são rivais históricos, anunciaram que estarão presentes na av. Paulista em frente ao MASP, local de concentração em São Paulo do ato nacional, no próximo sábado. A Porcocomunas e a Democracia Corinthiana estarão presentes nesta importante manifestação.
Não é a primeira vez que as torcidas de futebol se mobilizam contra este governo que tem se mostrado bastante eficiente em permitir a morte dos brasileiros pela Covid-19, visto que já foi ultrapassada a marca de 450 mil mortes registradas e em atender os interesses norte-americano e do grande capital.
No ano passado, elas também estavam presentes nas manifestações populares para impedir que os apoiadores de Bolsonaro ocupassem as ruas para legitimar as falsas ameaças do presidente ilegítimo de apoio a uma intervenção militar. Infelizmente, alguns setores da esquerda fizeram um esforço para dissipar o impulso de mobilização que a presença dos torcedores possibilitava.
Contudo, a situação no Brasil só fez piorar, o desemprego aumentou, pequenos negócios fecharam e as mortes devido à Covid explodiram.
As pretensas soluções se mostraram uma farsa. A vacinação da população como forma de superar a pandemia não passa de um slogan publicitário por parte dos governos visto que, passados quatro meses, somente 10% da população receberam as duas doses que mesmo assim possibilitam uma proteção incerta, pois as vacinas adotadas não têm uma alta eficácia. Sendo que uma das coisas que o tedioso circo da CPI do genocídio comprovou como este governo postergou a compra de vacinas durante todo ano de 2020 e só se mexeu pela pressão popular por vacina.
O auxílio emergencial que antes tinha um valor tímido de R$ 600,00 reais, após uma interrupção criminosa de três meses, foi retomado com inúmeras restrições em um valor indecente de R$ 250,00 reais. Este valor é um tapa na cara da população que teve a sua atividade econômica afetada pela pandemia, o que obriga que o povo saia para garantir o seu sustento.
Assim, se quer que a população fique em casa para evitar a propagação do vírus é necessário um valor que efetivamente viabilize isto, por isto a demanda de um auxílio equivalente ao valor do salário-mínimo pelo menos. Visto que mesmo este valor está abaixo do que as pesquisas mostram ser adequada para uma vida digna.
Contudo, para conseguir tanto vacina para todos como um auxílio emergencial com um valor efetivo é imperativo que a demanda pelo Fora Bolsonaro alcance o seu objetivo, pois ele não vai atender as estas exigências. Ele pode até dizer que vai e depois negar ou entregar um pouco e deixar pela metade.
Logo, o exemplo das torcidas Porcomunas e Democracia Corinthiana devem ser seguidos por todas as outras em todo o País.
Principalmente porque os membros das torcidas são representantes da classe trabalhadora que é aquela que tem sentido todo o peso deste governo e desta pandemia. Sem emprego, sem renda garantida, sem vaga em hospitais, sem perspectiva de ser vacinada.
Só a mobilização da classe trabalhadora e por extensão das torcidas organizadas com a sua presença dos atos do dia 29 por todo o País vai viabilizar uma mudança efetiva da situação. Sabendo que no próximo domingo deve ser o primeiro de muitos atos para assegurar a vitória popular.