Palmeiras e Flamengo serão protagonistas da final da Taça Libertadores da América desse ano. O jogo ocorrerá no dia 27 de novembro (quarta-feira), em Montevidéu, capital do Uruguai, com horário ainda não definido. O campeão será definido em partida única, e a bola vai rolar no gramado do Estádio Centenário, onde normalmente joga a seleção uruguaia de futebol.
Até o momento, 50% do público estaria liberado para a partida por conta das normas sanitárias do país. No entanto, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) está convocando os empresários capitalistas para pressionarem o Ministério da Saúde Pública do Uruguai para liberar o estádio em 100% de sua capacidade.
A intenção da Conmebol parece, até certo ponto, querer beneficiar a população com o grande espetáculo do confronto de dois dos maiores clubes brasileiros de futebol, se falando em torcida. Na verdade, os capitalistas querem lucrar com o evento, ignorando quaisquer riscos de contaminação da população. Apesar de ser um dos países mais avançados na vacinação contra a COVID-19, o Uruguai registra alta em mortes. O caso ocorre porque a vacinação avançada foi utilizada como propaganda de superação da pandemia no país, quando na verdade o que ocorreu foi um completo abandono da população, deixando de lado os devidos cuidados. A vacina foi tomada como a “salvação” pela direita que se diz científica, que na verdade queria fazer com que os trabalhadores voltassem a trabalhar à todo custo.
A Conmebol, atuando por pressão dos capitalistas, estabeleceu que o preço do ingresso para o jogo custa US$ 250 (cerca de R$ 1,36 mil na cotação atual). Isso significa que o ingresso do jogo custa mais de um salário mínimo no Brasil. Com isso, os capitalistas atacam o futebol brasileiro afastando sua torcida, que é formada em sua maioria pela classe trabalhadora.
O absurdo começa quando duas equipes brasileiras vão protagonizar um dos maiores espetáculos do futebol mundial na final da Libertadores e o jogo não é no Brasil. Ainda por cima afastará a classe trabalhadora dos estádios, que é quem grita, quem torce e empurra os times em campo, protagonizando o espírito do futebol.
Os capitalistas, pensando em encher seus bolsos de dinheiro entregarão o espetáculo na mão dos ricos, forçando os trabalhadores a assistirem seus times em casa, pela televisão, num jogo comprado pelos capitalistas. O que a Conmebol quer junto aos capitalistas é afastar o povo pobre e trabalhador dos estádios, enchendo o estádio de coxinhas que nunca souberam o que é futebol.