Na segunda-feira (12-08) houve audiência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) do Rio de Janeiro, entre os representantes do Flamengo e do MPT (Ministério Público do Trabalho) que representa os interesses das famílias dos jogadores de base que morreram ou sofreram lesões com o incêndio do início do ano no Ninho do Urubu.
No inicio de fevereiro desse ano, 10 jogadores da base do Flamengo morreram e 3 ficaram feridos em incêndio ocorrido em alojamento improvisado pelo clube, a fim de economizar com as acomodações dos atletas juvenis.
O MPT/RJ requisitou o bloqueio de 100 milhões de reais do clube para pagar as indenizações das famílias dos jogadores e gastos processuais, no entanto, o Flamengo, que fatura milhões de reais com jogadores formados em suas bases, a exemplo da venda de Vinicius Júnior, Paquetá, Felipe Vizeu, etc. para os times europeus, se recusa a indenizar as famílias que foram vítimas dessa tragédia.
Como era de se esperar a audiência terminou sem acordo, o Flamengo se eximindo da responsabilidade. Diante da resistência do clube carioca, o juiz que presidiu a conciliação empurrou para o dia 29 de agosto, uma nova audiência.
No entanto, é visível que o Flamengo tenta empurrar sua responsabilidade para as “calendas gregas” e os tribunais estão ajudando para que o clube não indenize as famílias.