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Não aos vendidos

Cristiano Ronaldo, a maior farsa do futebol

Boa parte da imprensa esportiva brasileira trabalha há anos avidamente pelos interesses capitalistas na destruição do futebol brasileiro, de sua cultura e seus atletas

Mais uma vez a imprensa coxinha brasileira vem na sua babação para com os europeus, os “melhores do mundo”. E isto se deu mais uma vez, ou melhor, pela enésima vez, agora se utilizando, do português Cristiano Ronaldo, jogador de 36 anos, que acabou de ser dispensado pela Juventus de Turim, criticado por não dar mais um título italiano aos juventinos e recusado pelo Manchester City, da Inglaterra. O mar de elogios ao “gajo”, veio, após a vitória de Portugal, nos descontos da segunda etapa da partida contra a última colocado no campeonato europeu de seleções, a Irlanda, com dois gols de cabeça, ou seja, nenhuma maravilha para um atacante de 1,87 metro de altura. Estes dois gols bastaram para a imprensa eurotupiniquim, realizarem a continuação de sua campanha contra o futebol brasileiro.

Os dois gols de Cristiano Ronaldo, bastaram para a enorme propaganda de que ele agora é o maior artilheiro por seleções, após superar o recorde do iraniano Ali Daei de 109 gols. E vejamos bem, até, ontem, ninguém falava de Ali Daei, ninguém o conhecia (apesar de ser até então este maior artilheiro) afinal, porque falariam de iraniano, que detinha tal marca. Mas falarão os lambe botas de europeus, ou os escrivães com complexo de vira latas da imprensa brasileira, o campeonato iraniano, não conta, é desconhecido, sequer os iranianos sabem jogar futebol, situação aliás que querem até mesmo nos convencer de que os brasileiros não saibam, tamanho seu rebaixamento frente aos europeus. Mas agora servindo a continuação da propaganda imperialista no futebol, Cristiano é o novo Rei.

Contra essa tacanhez somos obrigados aqui, mais uma vez, a lembrar que brasileiro, joga contra tudo e contra todos (os imperialistas e seus interesses, principalmente o econômico).

Em que pese, ser um país pobre da América do Sul, onde os negros deste país, impuseram o maior desenvolvimento técnico de um dos principais fundamentos deste esporte, o drible. Onde este país contra os interesses econômicos, que se fizeram presentes em todas as Copas do mundo, se tornou cinco vezes campeão do mundo, só não é deca campeão, por inúmeras perseguições e pressões políticas que se colocaram em várias copas do mundo, contra este país. Sendo ainda este país o único bicampeão olímpico de futebol. Vamos nos deter aqui a apenas alguns exemplos, de toda essa perseguição histórica.

Copa de 1954, usaram até a Hungria para defender o imperialismo inglês 

Após o vice campeonato mundial de futebol de 1950, o Brasil é desclassificado na Copa da Alemanha de 1954, pela Hungria, na partida que ficou conhecida como a batalha de Berna, em que os húngaros, apesar de terem em seu elenco Férenc Puskas, um dos maiores jogadores de todos os tempos, para destronarem os brasileiros precisaram da mais absurda violência. Com a ajuda de um nada interessado árbitro inglês, o sr, Arthur Ellis, que favoreceu os húngaros de maneira clara, com a expulsão de dois brasileiros, Nilton Santos e Humberto, ambos agredidos e não agressores, e não assinalando o impedimento do atacante Kocsis, na ação do quarto gol magiar, e ainda a não marcação da penalidade máxima cometida por Zakarias em Julinho, aos 39 minutos da segunda fase. Mas estes são apenas os lances que definiram o objetivo de não permitir que como destacaram os jornais europeus da época, sobretudo os periódicos ingleses, que narraram o jogo entre o Brasil e a Hungria com uma cobertura jornalística em que os brasileiros seriam, ou teriam de ser, derrotados por uma hierarquia racial, pela superioridade europeia, que seriam superiores anos luz à volatilidade e à indisciplina negra e sua falta de civilização. Os húngaros representariam naquele momento a superioridade da organização e da inteligência europeia contra a habilidade e força muscular sem sentido tático e controle emocional dos brasileiros, definidos como sujeitos indisciplinados, de sangue quente, selvagens e negros. 

Como Quiroga é a nossa imprensa 

Em 1978, o Brasil foi mais uma vez roubado, descaradamente, em plena ditadura militar argentina e também brasileira, mas àquela copa se desenvolveu em terras portenhas. O Brasil terminou a Copa de maneira invicta, sem perder um único jogo, ao contrário da seleção argentina que foi derrotada pelos italianos, na primeira fase e que os brasileiros venceram na disputa de terceiro lugar. 

Para tirarem o nosso título a ditadura argentina entrou em ação para o jogo da fase decisiva que definiria as equipes que disputariam a final e o terceiro lugar. O Brasil nesta fase decisiva da competição, vencera os peruanos por 3×0, a Polônia por 3×1 e empatou com a Argentina em 0x0. Bastava apenas o jogo entre Argentina e Peru (que até aquela ocasião fazia uma copa excelente, terminando a primeira fase a frente da Holanda que viria a ser vice campeã mundial), os Hermanos que haviam vencido a Polônia por 2×0 e empatado com o Brasil, precisariam vencer por 4×0 a seleção peruana. A seleção argentina conseguiu 6×0. Anos depois veio à tona toda a operação que inclusive foi denunciada por um dos melhores jogadores peruanos. 

Em entrevista ao jornal peruano Trome, José Velásquez, ex-jogador daquele time, denunciou que seis de seus companheiros “se venderam” naquela partida. Um dos acusados por Velásquez foi Ramón Quiróga, goleiro da seleção peruana, argentino de nascimento. Na ocasião Velasquez afirmou que “Seis de nós nos reunimos um dia antes com o treinador, Calderón, para pedir que Quiroga não jogasse, por ser argentino. Ele aceitou, mas no dia seguinte mudou de ideia. O que eu devo pensar, que se vendeu ou não?”, questionou. O jogador ainda reclamou de ter sido substituído, quando o placar estava 2 a 0, e acusou Gorriti, que entrou em seu lugar, de fazer parte do esquema. “Se venderam desde o presidente. Seis jogadores nossos se venderam. Posso citar quatro: Manzo, Gorriti, Muñante e Quiroga.”

Completando sua denúncia ele ainda recordou a “visita” do presidente argentino Jorge Videla e do secretário de Estado dos Estados Unidos, Henry Kissinger, ao vestiário peruano para desejar “sorte” antes da partida. “O que eles tinham que fazer ali? Foi uma maneira de nos pressionar, de encontrar quem tinha se vendido. A corrupção sempre existiu.”

O Brasil saiu daquela copa com o título de campeão moral.

Para imprensa vendida, os craques, sem dribles, são de além-mar

Outros vários exemplos de como a seleção brasileira foi impedida de levantar outros canecos já foram pauta de outras de nossas edições. Mas agora vamos a outro aspecto do ataque ao futebol brasileiro, o ataque aos nossos jogadores.

Após a vitória de Portugal sobre a decadente seleção irlandesa, uma das comparações foi a  condição física de Cristiano Ronaldo e à de Neymar, que sequer levaram em consideração mais um período parado do brasileiro, em decorrência de mais uma lesão, fruto da pancadaria dos adversários para parar o atleta brasileiro no campeonato francês, na Champions League, além é claro das eliminatórias para a Copa do Mundo.

Os vendilhões chegam até mesmo, a retirar a alcunha de Fenômeno de um dos nossos maiores jogadores, Ronaldinho, para entrega-la a Cristiano Ronaldo, chamando-o de o maior dos Ronaldos, colocando em segundo plano a mais pura magia estampada pelos campos do mundo por Ronaldinho e Ronaldinho Gaúcho. Nosso grande camisa 9 das copas de 98, e do Penta em 2002, que fez o que fez quase sem joelhos, em razão da velha violência europeia. Ronaldinho Gaúcho que fez em cerca de três anos de futebol nos campos espanhóis com a camisa do Barcelona e pelo resto do mundo, com as camisas de Grêmio, Atlético MG e seleção brasileira. Isso sem falar em Romário, o baixinho dos mil gols, que ao contrário de Cristiano Ronaldo conquistou uma Copa do Mundo praticamente sozinho.

 O vídeo a seguir mostra bem a diferença entre a arte dos Ronaldos brasileiros e o robô Cristiano Ronaldo: https://www.youtube.com/watch?v=QZ4-u4n9FKE

Todos estes aliás, CAMPEÕES do MUNDO de FUTEBOL (Coisa que o Ronaldo português, nunca chegou perto), passando por cima de outras artimanhas que sempre nos colocaram, para impedir que este país explorado pelos capitalistas nacionais e principalmente internacionais, figurasse para o mundo como o país que pode produzir garotos que mesmo pobres e negros, podem colocar a Europa, sob seus pés, que o diga o verdadeiro rei, Pelé.

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