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Imperialismo e futebol

Crise no futebol europeu abre caminho para Brasil campeão em 2022

O anúncio da criação da Superliga é uma demonstração da crise do futebol europeu

A crise deflagrada a cerca de dez dias, mais precisamente em 18 de Abril, com o anúncio da fundação da Superliga, com a união das grandes potências econômicas esportivas da Europa no futebol, para a organização e realização de um campeonato, que reuniria apenas os mais ricos clubes do futebol europeu como Arsenal, Atlético Madrid, Chelsea, Barcelona, Inter Milan, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Milan, Real Madrid e Tottenhan e que substituiria a Champions League, mexeu com os alicerces do futebol europeu, da UEFA e da FIFA.
A tentativa infrutífera de criação da chamada Superliga, mostra por trás do holofotes, que os clubes mais ricos também estão envoltos em grande crise econômica e a criação de um novo campeonato que reunisse apenas os 6 clubes ingleses, três espanhóis e três italianos, teria um único objetivo, monopolizar somente para esta uma dúzia de clubes, os principais recursos com transmissões por TVs, bilheterias e todo um grande universo de comércio gerado por estes. Chama atenção aqui, os grandes clubes alemães não fazerem parte da Superliga, evidenciando um importante racha, entre as potências econômicas do futebol europeu.
A ideia dos milionários clubes engajados numa “Superliga Europeia”, se espelham nos moldes das competições esportivas estadunidenses, onde os times são apenas franquias intimamente ligadas às vontades de seus donos. Além disso, de antemão tais clubes já anunciaram que não haveria rebaixamento, tampouco promoção, ou seja, apenas esta elite econômica seria a “dona da bola” e sem ela(eles) não haveria nada. Isso é o maior reflexo da elitização do esporte, o chamado futebol moderno.
Tal tentativa gerou enorme oposição dos torcedores dos próprios clubes da Superliga, que se manifestaram até nas ruas, contra o golpe contra o futebol. Ex-jogadores e até mesmo jogadores atuais se pronunciaram contra tal advento.
Dentro de toda essa crise, o outro ramo capitalista diretamente interessado, logo lançou mão de todo o seu poderio econômico, com o presidente da Fifa, Gianni Infantino, colocando que os 12 clubes dissidentes não poderiam estar “meio dentro e meio fora” do sistema tradicional do futebol e que a manutenção da decisão os faria arcar com a realidade de sua decisão.
Para isso o braço direito da Fifa, a Uefa imediatamente ameaçou banir os 12 clubes de todas competições nacionais e internacionais. “Se alguns escolherem seguir seu caminho, precisam conviver com as consequências de sua escolha, são responsáveis por sua escolha. Concretamente, isto significa que ou vocês estão dentro, ou estão fora. Não podem estar meio dentro e meio fora. Isto tem que estar absolutamente claro”, disse Gianni Infantino no Congresso da Uefa em Montreux, na Suíça.
O presidente da Fifa, ainda reforçou sua oposição ao projeto dissidente. “Só podemos desaprovar, e com força, uma Superliga que é uma loja fechada, dissidente das instituições atuais”, disse Infantino. “Não existe nenhuma dúvida sobre a desaprovação da Fifa. Apoio total à Uefa.”
Desde 2002, com o pentacampeonato canarinho, aumentaram sobremaneira as perseguições ao futebol brasileiro, que este diário, cotidianamente vive a denunciar. Em todas as Copas, haviam armações para prejudicar a seleção brasileira, pois para a elite europeia do futebol, não era mais possível que uma seleção do terceiro mundo, papasse e fosse a maior vencedora do maior torneio esportivo do mundo, a Copa do Mundo de futebol. Dentro de toda essa luta esportiva, que passa pelos aspectos econômicos e políticos, o Brasil está há quase 20 anos sem levantar o caneco, pois arquitetaram muita coisa para impedir que o Brasil, país que de longe, mais tem jogadores nos principais clubes do mundo, inclusive os da dita superliga. Pesquisa de Novembro de 2019 da CIES Football Observatory, mostrava que 466 jogadores brasileiros atuam na divisão principal de 31 campeonatos europeus – o equivalente a 10,3% dos estrangeiros.
Mas o que começa aqui a ser vislumbrado é que toda a crise, o racha entre clubes e países das potências econômicas do futebol europeu enfraquecem o futebol europeu e podem abrir caminho para que o Brasil ganhe a copa de 2022. A crise já mostra que o imperialismo econômico no futebol terá menos recursos para segurar o Brasil.

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