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Palmeiras

Comentarista xinga técnico português e é cancelado

Por que Abel Ferreira tem que ser tratado de maneira diferenciada em relação a outros técnicos?

A liberdade de expressão jornalística vai se tornando cada vez menos livre no Brasil. Em mais um episódio lamentável de tolhimento da liberdade de expressar opiniões, um comentarista esportivo realizou críticas ao treinador português do Palmeiras foi calado pela ditadura da sociedade “canceladora” e  demitido.

No dia 14 de março, o conhecido e polêmico comentarista Paulo Morsa, no programa Papo de Craque 2ª Edição, proferiu um comentário de cunho pessoal direcionado à pessoa de Abel Ferreira, português e treinador do Palmeiras. Ao comentar sobre a forma debochada com que o técnico da equipe alviverde respondeu os jornalistas, ao ser criticado por seu estilo de jogo defensivo – retranqueiro – o comentarista não poupou adjetivos ao dizer que “ele como ser humano é uma desgraça, um idiota.” O comentarista completou o chamando de boçal, sem educação, arrogante e prepotente.

Nesta matéria não vamos contestar ou apoiar as falas do comentarista esportivo, mas questionar a repressão à liberdade de expressão e o tratamento desigual dado a Abel Ferreira, ao receber uma crítica mais dura num programa dedicado a comentar sobre futebol, onde é comum vermos durante os programas desse gênero, seja no rádio, televisão ou internet, apresentadores, comentarista e até mesmo convidados se exaltarem e fazerem críticas pesadas, exageradas e clubismo, acompanhadas de comentários polêmicos, contraditórios e até mesmo desproporcionais contra esportistas brasileiros, não poupando nem os mais famosos do país, pois isso faz parte da própria cultura do futebol.

É normal que os torcedores apaixonados pelo clube e pelo trabalho do treinador, em resposta, critiquem os comentários de Morsa, afinal a democracia se baseia também no diálogo entre ideias iguais e/ou opostas, mas a reação da direção do Palmeiras, que anunciou que não atenderia mais solicitações de imprensa de profissionais da rádio enquanto Morsa fizesse parte do quadro de funcionários da emissora e da própria Radio Transamérica, ao demitir o jornalista e comentarista unicamente pelo comentário, fere e reprime a liberdade de expressão jornalística.

A presidente da equipe sediada no Parque Antártica “entendeu que os ataques proferidos pelo profissional [Paulo Morsa] superaram o direito de liberdade de expressão ao ofender o técnico do Palmeiras no âmbito pessoal […]”, essa declaração traz consigo um alerta ao qual a sociedade e a imprensa ainda não se deram conta, a imposição de limites à liberdade de se expressar, de opinar, mesmo que esse comentário depois venha a ser contestado e discutido, democraticamente, garantindo aos que concordam e aos que discordam a voz para defenderem seus posicionamentos.

O que não pode é que a liberdade de expressão seja reprimida e limitada, nesse sentido de qual limite da liberdade de expressão, a presidenta Leila Pereira está falando? A liberdade para expressar apenas o que se quer ouvir?! Porque não vemos a mesma indignação quando os comentários degradam a imagem e a carreira de treinadores, jogadores e demais esportistas brasileiros? Por que o tratamento diferenciado ao técnico português?

Aos 77 anos e com uma grande carreira no jornalismo, já tendo trabalhado na Band, Record, Rádio Globo, entre outros veículos, Paulo Morsa é cancelado pela ditadura que reprime quem emite opiniões opostas a que se quer ouvir, que ameaça a liberdade de expressão jornalística e como um todo vai silenciando a sociedade. Além disso fica demonstrado a face renegada do complexo de vira-lata o qual não se poupa das críticas e xingamentos os esportistas brasileiros, enquanto se bajula os esportistas estrangeiros.

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