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Elitização nos estádios

Burguesia segue manobrando pra deixar o povo de fora do futebol

Final da Champions League, campeonato europeus de clubes, será disputada em Portugal e deixará de fora quem não tem muita grana pra gastar.

A final da superestimada Liga dos Campeões da Europa, Champions League, acontece no próximo sábado no Estádio do Dragão na cidade do Porto, em Portugal. Manchester City e Chelsea disputarão a terceira final entre clubes ingleses da competição continental mais endinheirada do planeta. Diga-se de passagem que essas três finais “inglesas” ocorreram já no século XXI.

A UEFA (União das Federações Europeias de Futebol) anunciou preços de ingressos que variam entre R$ 460 e R$ 3,9 mil. Os “científicos” europeus liberaram a entrada de 16.500 torcedores, mas não qualquer torcedor, é claro.

Os altíssimos valores repercutiram mal entre os torcedores dos clubes. O Chelsea chegou a devolver mais de 800 ingressos, dentre os mais caros, que não conseguiu vender aos seus torcedores. Um membro da torcida Chelsea Supporter Trust declarou em entrevista que a UEFA se mostrou como amiga para combater a falida Superliga Europeia, mas que havia virado as costas para os torcedores com essa política de preços.

Essa tentativa de “elitizar” o esporte mais popular do mundo acontece em todos os países onde é possível explorar essa atividade. No Brasil, sabemos muito bem disso. Uma das marcas dessa manobra é a transformação dos estádios de futebol em “arenas”.

Ao contrário dos estádios, que em geral contam com uma infraestrutura básica, as “arenas” parecem shopping centers, com lojas, lanchonetes de franquias estrangeiras e principalmente ingressos caros. Essa é a receita usada pela burguesia para deixar de fora os torcedores mais apaixonados pelos clubes, aqueles que são os verdadeiros responsáveis pela incrível popularidade que o esporte ganhou ao longo dos anos.

Um importante símbolo da “elitização” dos estádios ocorreu com o fim das Gerais no Maracanã, espaço tradicionalmente associado aos ingressos mais baratos e por isso mesmo, o único disponível para o povo. O samba Gerais, de Renato Martins e Roberto Didio, critica esse processo de exclusão do torcedor popular dos estádios.

“O Maracanã morreu por dentro, meu senhor! Fez-se a desilusão do torcedor… quero de volta as “gerais”, que mal essa gente me faz, como fizeram nos carnavais. Quem desce o morro pra ver, quem faz essa festa brilhar.. quem já deixou de comer pra ver o seu time jogar, mais uma vez vai perder lugar.”

O futebol é do povo. É preciso denunciar essa campanha da burguesia, que em última instância tenta roubar o futebol de quem faz ele ser o que é, um esporte de massas, manifestação da criatividade do povo.

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