O Diário Causa Operária recebeu no final da tarde desta quarta-feira, 17 de junho, uma nota produzida pelos funcionários da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), em que denunciam os ataques sofridos pelo governo federal a qual reproduzimos:
A EDUCAÇÃO E A CULTURA PEDEM SOCORRO
Somos trabalhadores da TV Escola que, assim como a Cinemateca Brasileira a TV INES, está sob a gestão da ACERP – Associação de Comunicação Educativa Roquette-Pinto. A TV INES, inclusive, é pioneira na produção e adaptação de programas em Libras, a Língua Brasileira de Sinais.
Nós, da ACERP/TV Escola/TV INES/Cinemateca Brasileira desejamos esclarecer que o contrato MEC/TV Escola não terminou. Foi rompido unilateralmente pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, passando por cima de cláusula contratual que estipulava aviso prévio de um ano para manifestar o interesse de uma das partes em não renová-lo.
Vale ressaltar que, mesmo sem receber o acordado no contrato com a Cinemateca – de acordo com o adendo no contrato da TV Escola com o MEC – a ACERP bancou como pode, para que a Cinemateca tivesse um mínimo de estrutura para se manter aberta até março.
Agora, esgotado o dinheiro em caixa, não apenas a Cinemateca, mas também a TV Escola, a TV INES e a própria ACERP estão ameaçadas de extinção e seus funcionários completaram dois meses sem receber salários. Benefícios como os vales alimentação e transporte não foram repassados esse mês e os planos de saúde estão prestes a acabar, o que é desumano nesse período de pandemia.
Além disso, ressaltamos que a TV Escola também tem um importante acervo a ser preservado, além de produzir e veicular premiados programas de TV e ferramentas em suas redes sociais de reconhecida importância educacional.
Agradecemos a atenção e contamos com o seu apoio na defesa dessa luta justa, e tão importante, para os trabalhadores da ACERP e para a sociedade brasileira que acredita no valor da Educação.
Atenciosamente, funcionários da ACERP.
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#TvEscola
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