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Como ficarão?

Só em São Paulo, cerca de 1 milhão de pessoas vive da cultura

Artistas são largados à própria sorte enquanto trilhões são dados aos bancos para enfrentar a crise

Quando se fala em setor cultural, pode vir à mente de muitos as grandes companhias de teatro, a indústria do cinema e os cinemas privados ou os grandes empresários da música. No entanto, essas empresas capitalistas, embora concentrem a maior parte dos lucros do setor, possuem uma produção cultural bastante limitada. A grande produção cultural propriamente vem dos artistas menores, sejam empregados, ou autônomos, sendo os últimos a maioria. No país estima-se que 2,5 milhões vivam da cultura, só no estado de São Paulo estão mais de 1 milhão dessas pessoas, o que representa 3,9 % do PIB do estado.
Tem sido também o setor mais atingido pela crise do coronavírus, que, por impossibilitar aglomerações, não permite que haja apresentações culturais em teatros, praças, circos, bares, etc.  Como é de se imaginar quem mais sofre com os impactos da crise dentro do setor não são os capitalistas, que já têm encontrado formas de lucrar fazendo demagogia com o isolamento social, por exemplo, patrocinando lives de grandes artistas da imprensa burguesa. Mas sim os trabalhadores do ramo e artistas de menor visibilidade, ou seja, a maioria esmagadora da classe artística.
Em São Paulo, onde as demissões já começaram, há cerca de 350 mil pessoas empregadas formalmente pela cultura e aproximadamente 650 mil de autônomos no setor cultural, que com pouca ou nenhuma renda, têm sobrevivido pela ajuda comunitária de onde vivem, recebendo comida e materiais de higiene. Isto é um bom retrato na falta de apoio por parte do estado para o setor, que mesmo antes do coronavírus já era massacrado pelos capitalistas que tomaram o setor, e pelo Estado burguês que não só não incentiva a cultura, mas ajuda os capitalistas a destruí-la. Por outro lado, é na cultura que está depositada a retomada econômica depois da pandemia, no entanto, pelo cenário apresentado, dificilmente os trabalhadores da cultura vão ter condições de chegar neste momento ou se beneficiar dele, o que por sua vez beneficia os capitalistas.
Enquanto milhares correm risco ou passam fome, a ministra da cultura do governo fascista de Jair Bolsonaro ataca os artistas e o presidente da Fundação Palmares persegue artistas negros. Nada é feito de fato para auxiliar os artistas a ultrapassar a crise, que necessita de medidas específicas contra os efeitos da pandemia, principalmente os econômicos. Ao mesmo tempo em que os artistas são largado à própria sorte, trilhões estão sendo dados aos bancos para enfrentar a crise. Logo, os trabalhadores da cultura não devem simplesmente esperar que essa ajuda venha espontaneamente de um governo inimigo da cultura, porque não virá, deve sim se unir à classe trabalhadora para pressionar o Estado a satisfazer as necessidades do povo no momento de crise.

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