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Censura

Os monopólios da internet e a guerra contra a cultura

Algoritmos manipulam informações e sequestram manifestações artísticas

Muito já se ouviu falar sobre os famosos algoritmos; pouco se discute, porém, sobre sua atuação nefasta sobre a liberdade de escolha nas redes sociais; quase nada se apresenta sobre a limitação da liberdade nas várias áreas de atuação humana.  

No YouTube, por exemplo, o algoritmo “aprende” com as interações (visualizações, curtidas, comentários etc.) e seleciona os principais posts para exibir primeiro. A rede social afirma que nenhum post é omitido dos seguidores, porém, publicações com pouca relevância são jogadas para baixo do feed. Considerando que um usuário comum segue centenas ou milhares de perfis, a visualização de um  post considerado “irrelevante” é praticamente impossível. É evidente que temas políticos e  opiniões sobre temas públicos são dirigidos da mesma forma.

Na aparente tranquilidade das  redes sociais, os algoritmos buscam identificar preferências de cada navegante. A cada oferta de informação, uma manipulação leva o cidadão a uma ilha de consumo, promovendo opiniões ou personalidades que mantêm os interesses dos que dominam a sociedade. Como tudo, na sociedade capitalista, gira em torno de comércio, de negócios, as redes sociais mantêm a estrutura social e impulsionam as artimanhas do imperialismo. 

Dentre as áreas de interesse do imperialismo, encontra-se o mundo das artes que, durante a pandemia, teve, como fonte de renda precária, os ambientes virtuais da internet. Não são apenas os artistas iniciantes que sofrem com essas censura; ao exibir um mamilo lactante, cartaz de Madres Paralelas, de Pedro Almodóvar, foi censurado pelo Instagram. Representantes do Instagram e do YouTube afirmam que tentam encontrar um equilíbrio entre a liberdade de expressão e a segurança dos usuários. Dizem ainda que os algoritmos estão em mudança constante para melhoria, mas admitem que erros não são raros. 

Francisco Hurtz, de 36 anos, que investiga o corpo masculino em obras que percorreram exposições de peso e estampam a pele de centenas de admiradores mundo afora, foi acusado de violar a política de nudez do Instagram. Hurtz teve sua conta excluída na semana anterior à que o mamilo lactante de Almodóvar foi censurado. Depois de um mês , diferentemente do diretor, o artista plástico não conseguiu reaver seu perfil.  O YouTube e o Intagram estão no centro dessa discussão, enquanto o Twitter, que permite a publicação até de pornografia, e o Facebook, cada vez menos popular entre os usuários, nem sequer costumam ser lembrados pelos artistas alvo de censura. 

A nudez sempre foi fonte de lucros estratosféricos, o corpo sempre foi objeto de negociatas, e os maiores beneficiários dessa orgia consumista são as mesmas pessoas que se escandalizam com a arte que julgam imoral. Na verdade, como os lucros se distribuiriam entre artistas que estão fora do mercado controlado pelo imperialismo, a forma encontrada para eliminá-los é torná-los invisíveis.

“As redes sociais, que poderiam ser fantásticas como uma maneira de articulação humana e circulação de informações, estão repetindo hábitos de uma cultura ultrapassada.” , diz a vocalista da banda Teto Preto, Laura Diaz.

Como a internet é o ambiente por meio do qual as pessoas mais se comunicam, consomem, interagem e se informam, lutar para que haja democracia na distribuição dos conteúdos é fundamental para apresentar conteúdos de esquerda que libertarão os trabalhadores, de todas as áreas, desse controle, dessa censura que facilita a divulgação de informação e arte manipulada por aqueles que escravizam toda a sociedade e impõem um único modo de analisar e questionar o mundo. Cá entre nós e o mundo, o mais limitado e monótono de todos!

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