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Depois do Golpe

Com crise, artistas voltam a fazer tinta à mão

Alta nos preços de tintas fabricadas industrialmente obriga artistas a confeccionarem seus materiais à mão

Artistas vêm trabalhando com a possibilidade de ter que fabricar o seu instrumento de trabalho eles próprios. Bruno Danley e Rafael Carneiro, por exemplo, criaram a Joules & Joules, marca de tinta a óleo que tem pesquisado pigmentos brasileiros, em 2020, já durante a pandemia. A gente queria uma empresa de tinta artesanal que pudesse também considerar a situação das nossas regiões, as nossas terras, a nossa cultura. Em Minas Gerais, conseguimos achar uma terra amarelada semelhante à de Siena, que fica na cidade de Rio Acima.”

A Joules é hoje a única tinta a óleo profissional no mercado nacional, que está desde a década de 1980 sem uma empresa para chamar de sua, quando a chamada ​Deco fechou. Ainda que o Brasil tenha essa carência de empresas nacionais, artistas mantiveram acesa essa relação mais próxima com a tinta em buscas de pigmentos que não se encontram nem em tubos gringos.

Uma das lendas dessa produção caseira foi Paulo Mattos, que morreu em 2016 e era conhecido como Paulinho Pigmento na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde vendia pigmentos e tubos já com as misturas feitas. O que esse alquimista do Parque Lage permitia ainda é que alunos, geralmente longe de terem dinheiro para fazer suas pinturas, tivessem acesso a tubos mais baratos do que as marcas internacionais oferecem.

No Brasil pós golpe de Estado, esse problema volta a pesar diante da disparada dos preços dos tubos de tinta industrial, que de R$90,00 saltaram para uma média de R$400,00, até mesmo para artistas renomados. Segundo o artista plástico Rodolpho Parigi,”(…) A gente está com falta de cor e, quando tem, custa quatro, cinco vezes o preço que já era caro”, afirma.

É essa a situação que a produção de Dunley na Joules tenta contornar. O capitalismo é um verdadeiro cupim de artistas, pois como se pode perceber não há interesse das grandes empresas do ramo em investir em inovação, não lhes  interessa a necessidade dos artistas mas apenas os produtos que possam gerar lucro.

Atrelado a isso, a disparada do dólar no Brasil torna inviável que esse artistas possam comprar as marcas importadas que tomam conta do mercado, tendo em vista além do mais a desvalorização da arte e consequente dificuldade da grande maioria dos artistas de ganhar dinheiro.

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