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Política de extermínio

Polícia criminosa bate recorde de assassinatos em 2020

Polícias no Brasil matam mais 6 mil pessoas em 2020, maioria esmagadora de negros

A repressão estatal vem se aprofundando demasiadamente desde o início do golpe. Em 2020, mesmo durante a pandemia de Covid, as forças de repressão, polícias militares e civis, promoveram um massacre espantoso. Neste ano, foram assassinados por essa instituição 6.416 pessoas. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado nesta quinta-feira (15) no Anuário Brasileiro de Segurança Pública. É o maior número de assassinatos cometidos pelo Estado desde o início da série histórica, que se iniciou em 2013.

O número de mortes cometidos pelo Estado brasileiro, por meio das instituições de tipo nazista, também aumentou em 18 das 27 unidades da federação, mostrando claramente que se trata de uma política repressiva geral, uma política de Estado, que participam tanto a extrema-direita, que controla o governo federal, quanto a direita tradicional que controla a maioria dos estados da federação.

Esse número espantoso, no entanto, constitui somente a ponta do iceberg: o ano de 2020 registrou ainda uma aumento no número de mortes violentas no país. Foram registradas 50.033 mortes, um aumento de 5% em relação ao ano imediatamente anterior. Os números de assassinatos cometidos pelas polícias dizem respeito apenas aos casos documentados, em que há autores e vítimas registradas. Quanto as possíveis execuções, dada a prática sabidamente corrente no país, em que não há registro dos autores permanece indeterminada, certamente é uma parte indiscriminada destas mais de 50 mil mortes violentas, números comparáveis ou mesmo superiores a muitas guerras.

Um dado fundamental e evidente é que o aumento da violência estatal extrema contra a população acompanha o processo golpista, revelando uma modificação profunda na orientação da política repressiva da direita e da extrema-direita. O regime golpista está orientado, como um todo para a utilização da força contra a população para se impor.

O Estado com maiores números absolutos de assassinatos cometidos pelo é o Rio de Janeiro, com 1.245 mortos, embora tenha registrado uma leve queda em relação a 2019, quando foram registrados 1.814 vítimas fatais da polícia. Uma explicação para essa queda, ante o aumento geral, é a proibição de operações policiais durante a pandemia, que coibiu em parte a sanha repressiva e assassina das polícias. O Rio de Janeiro em números absolutos é seguido pela Bahia, que registrou 1.137 assassinatos cometidos pelas polícias em 2020, um aumento de mais de 46% em relação a 2019, e por São Paulo, que registrou 814 assassinatos em 2020.

Em termos relativos, o Amapá registrou o maior índice de assassinatos cometidos pela Polícia por habitante, foram 13 assassinatos cometidos pelas forças de repressão estatal por 100 mil habitantes. Destaque também para um aumento significativo em relação ao ano anterior, sobressaindo o Mato Grosso, com um aumento de 76%, e Pernambuco que aumentou o número de assassinatos cometidos pelos agentes de repressão de 56% em relação a 2019.

As vítimas da violência Estatal têm cor e classe social

O Anuário Brasileiro de Segurança Publica informa também que 78,1% das vitimas da ação assassina das polícias são negros. A taxa de mortalidade dos negros (pretos e pardos, que constituem cerca de 56% da população) é pelo menos 182% superior a de brancos, enquanto a taxa de assassinatos pelo Estado por 100 mil habitantes é de 1,5 para a população branca, e 4,2 para a população negra.

Outro aspecto deste genocídio praticado diariamente pelas forçar policiais seguindo os ditames da direita e da extrema-direita que usurparam o poder é a perseguição, além dos negros, à juventude. 74% das vitimas fatais da ação policial eram jovens de até 29 anos, sendo 23,5% de jovens entre 15 e 19 anos. A totalidade da população trucidada pelo aparato repressivo policial são membros da classe operária e das classes populares da cidade e do campo.

Fica evidente, pelos dados coletados e muitos outros poderiam ser arrolados, que existe uma política de tipo nazista no que se chama política de segurança pública. Há uma política de perseguição implacável a população negra, pobre e a juventude brasileira como meio de manter o status quo dominante, para manter a estrutura do Estado nacional sob o domínio da burguesia.

No entanto, como fica evidente, essa política se intensificou durante o período do golpe de Estado, desde 2014 o número de assassinatos, execuções cometidos pelo Estados em dados oficiais mais que dobrou. A burguesia golpista apela cada vez mais à violência extrema para manter e progredir em seu intento, estabelecer uma política neoliberal radical, de terra arrasada contra o povo. A Polícia Militar, a Polícia Civil e todo o aparato repressivo são justamente o braço armado necessário à implementação de tão nefasto programa, e não se furtam em estabelecer uma política nazista de perseguição a os setores que mais caro pagaram por essa política.

A polícia assim revela sua real função, que é manter a dominação de classe e impedir que o povo pobre e no Brasil, o povo negro, a assunção e o gozo de seus direitos democráticos, um instrumento não só antidemocrático como uma pedra gigante que impede que o país possa avançar para qualquer coisa que possa minimamente ser qualificada de democrático.

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