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Crise Financeira

Pandemia afetou mais intensamente população negra

Segundo Sebrae, pequenos negócios de empresários negros faturaram menos e tiveram menos acesso a crédito do que brancos durante a pandemia.

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A pandemia do coronavírus mergulhou o país num verdadeiro desastre econômico e social. Como resultado desta hecatombe sanitária constatou-se que a população negra brasileira foi a que mais sofreu as consequências, exatamente por ser o setor mais oprimido no capitalismo em relação à população branca.

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) os pequenos negócios de empresários negros faturaram menos e tiveram menos acesso a linhas de crédito do que brancos durante a pandemia.

Além do SEBRAE fez parte do estudo “Impacto do Coronavírus nos Pequenos Negócios” a Fundação Getúlio Vargas, ambos são órgãos tradicionais da burguesia nacional. A pesquisa em sua 13ª edição desde 2020 foi realizada entre os dias 25 de novembro e 1º de dezembro do ano passado, junto a 6.883 entrevistados.

A percepção da diminuição do faturamento dos pequenos negócios tocados por negros chegou a 72% enquanto que para aqueles geridos por brancos foi de 66%. No que se refere ao crédito, 35% dos pequenos empresários negros alegaram estar inadimplentes, para os brancos esse número foi de 24%.

Essa situação fez com que metade dos entrevistados negros afirmasse ter recorrido a empréstimos durante a crise sanitária. De acordo com estes, 45% sequer tiverem seus pedidos atendidos. Entre os brancos 32% afirmaram ter recebido um não na hora de contratar financiamentos.

Entre os casos raros de aumento no faturamento com a reabertura do comércio, apenas 10% dos entrevistados negros afirmaram ter melhorado o fluxo de caixa, enquanto que entre os empreendedores brancos esse número chega a 14%. Quando o assunto é perda de receita, 35% dos negros afirmaram que seus negócios faturam menos enquanto que entre os brancos o número é de 27%.

A desigualdade entre negros e brancos, já perceptível no cotidiano, também se refletiu na pesquisa sobre os pequenos negócios atingidos pela crise sanitária. Esse fato é uma consequência direta da política criminosa que a burguesia levou adiante durante a pandemia.

Sequer houve uma política séria para conter os preços dos insumos, combustíveis, aluguéis ou energia. O registro de que o povo negro sofre mais com essa política é o reflexo direto por este ser o setor mais oprimido historicamente pelo imperialismo e sua política de rapina contra os Países menos desenvolvidos.

Quando um pequeno comerciante não consegue crédito para manter as portas abertas e seu único funcionário recebendo em dia e ao mesmo tempo o Ministério da Economia libera R$ 1,5 bilhão para os bancos, como ocorreu no Brasil no início da pandemia, fica nítido que o principal inimigo do povo negro é a burguesia e o imperialismo.

Nesse sentido, todos os pequenos comerciantes, negros e brancos, devem compreender seu papel na luta de classes e decididamente se unirem a todos os trabalhadores operários e camponeses por uma revolução social e política no País que coloque abaixo o poder da classe dominante e eleve ao poder a população hoje massacrada por estes parasitas.

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