A vitória eleitoral de Bolsonaro à presidência da república, vitória essa que se deu em meio ao golpe de Estado, tem impulsionado toda a direita fascista. Um dos setores que tem se sentido cada vez mais à vontade para agir é a polícia militar, que é justamente um dos principais instrumentos de repressão do povo.
Quem conhece minimamente o modo de atuação da PM sabe muito bem que essa instituição é racista e ataca com muita dureza as mulheres pobres e da periferia. Um caso recente, acontecido no bairro de Alagoano, em Vitória, ilustra muito bem esse fato.
A operação da PM começou sob o pretexto de coibir um baile funk, curiosamente chamado na matéria baile funk clandestino, festa essa que teria reunido cerca de 3 mil pessoas. Isso por si só já mostra o caráter principal da PM, que é o de coibir qualquer manifestação popular através de uma política terrorista de massacre do povo nas periferias.
O que se destaca na matéria publicada Folha Vitória, meio de comunicação local, é que podemos ver um vídeo que mostra uma parte da abordagem policial no local. No vídeo pode-se ver um PM que segura uma mulher pelos cabelos, e em seguida a empurra, fazendo com que a mulher bata de cara no chão.
A mulher, que não foi identificada, afirmou que vai buscar justiça. Mas quem exatamente faria a justiça nesse caso? A própria PM, talvez?
O povo brasileiro, sobretudo as mulheres e outros setores excluídos, vai sentir ainda mais na pele o peso da repressão da PM e de outras forças repressivas. Os trabalhadores não podem contar com a polícia para se defender. Por isso a tarefa do momento é criar comitês de luta contra o golpe e o fascismo em todos os lugares, para barrar o avanço da direita concretamente, nas ruas.