Mais uma farsa dos identiários quase passou batida. A chamada Exposição Internacional da Consciência Negra foi realizada entre 20 a 22 de novembro de 2021 pela Secretaria Municipal de Relações Internacionais, da Prefeitura de São Paulo.
Diante da pasta está ninguém menos que a ex-prefeita Marta Suplicy, atualmente no MDB. A ex-petista coordena o programa super demagógico “São Paulo, Farol de Combate ao Racismo Estrutural”. A iniciativa de Marta foi saudada efusivamente pela insuspeita Revista Veja, outro farol do combate ao racismo no país.
Fazer a população acreditar que São Paulo, governada pela camarilha PSDB/MDB, é o farol de algum direito democrático só poderia ser obra do identitarismo que não passa de uma arma ideológica da direita.
“A premissa do currículo da cidade de São Paulo, que é pautado na equidade, na educação inclusiva e na educação integral, é que a educação antirracista ela esteja presente em todos os meses e em todas as vivências pedagógicas”, afirmou Jussara Santos, coordenadora do Núcleo de Educação Étnico-Racial em vídeo divulgado pela prefeitura.
A prefeitura de São Paulo, administrada por golpistas de marca maior, e que ataca moradores de rua através de da Guarda Civil Metropolitana (GCM), destrói casas com gente dentro, distribui ração (a famosa farinata do Dória) para crianças em fase de crescimento; de repente virou o “farol” da liberdade e da igualdade racial.
Trata-se de mais uma farsa gigantesca, uma peça de propaganda liberal bem patrocinada e que não apresenta de forma alguma uma mínima vitória política para a população negra da maior cidade da América Latina.
A imprensa capitalista passou a divulgar uma “pesquisa” feita junto aos frequentadores do evento. Nela foi revelado que para 42% dos entrevistados as “políticas públicas” (?) voltadas para a população negra na capital melhoraram desde 2018. Para outros 40,7% não houve mudança alguma, e apenas uma minoria de 16,7% teria compreendido que a vida da população negra de São Paulo piorou.
A pesquisa, que por si mesma já é suspeita, nos faz questionar de onde exatamente vem este público. É difícil imaginar que desde o Golpe de Estado em 2016 e a eleição fraudulenta de Bolsonaro para a presidência em 2018, a vida do povo negro em São Paulo tenha melhorado. O cotidiano mostra isso de forma clara.
O evento da golpista Marta Suplicy, é, portanto apenas mais uma ilusão para a esquerda pequeno burguesa, que abraça acriticamente a política identitária, que alimenta uma verdadeira obsessão pelas “posições de poder” das quais foram alijados e fazem disso a sua grande reivindicação. Querem conquistar essas posições no interior do sistema de exclusão que é o capitalismo, numa espécie de revanche, mas não questionam o sistema em si. Tal política fica a cada dia mais claro, não se trata de um posicionamento de esquerda.