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Extrema-direita espanhola

Jogador que chamou Neymar de “macaco” apoia partido fascista

O melhor do mundo foi punido por reagir a agressão de um fascista admirador do ditador Franco

Neymar, o melhor jogador do mundo, recentemente rompeu contrato com a Nike e assinou com a Puma. Essa informação é importante para o desespero dos grandes pensadores e intelectuais que afirmam que futebol não tem nada a ver com imperialismo. Este contrato antigo esteve com Neymar por 15 anos, que mudou e recentemente anunciou acordo com Puma e usará chuteira de Pelé e Maradona.. O jogador anunciou no início da manhã deste sábado (12) a nova marca de material esportivo que o acompanhará na carreira

Mas a grande polêmica esportiva neste último fim de semana foi o caso de racismo sofrido na partida entre Paris Saint German e Olympique de Marselhe, pelo campeonato francês. O craque brasileiro denunciou ter sido agredido verbalmente por Álvaro González, zagueiro espanhol do time adversário, e revidou a agressão com um tapa no pescoço do agressor.
Neymar foi expulso por revidar ao racismo. O VAR só ”pegou” a agressão da estrela, que foi vítima de preconceito. A culpa seria da vítima. Mas e quanto ao zagueiro racista? Quem é esse cidadão? Pois bem.

Quem é Álvaro Gonzalez

Álvaro González iniciou sua carreira na temporada 2010/11 pelo Racing Santander, da Espanha. Após dois anos no clube, ele ainda passou pelo Real Zaragoza antes de chegar ao Espanyol, em 2014. Então, ainda passou pelo Villarreal antes de deixar o futebol espanhol para se transferir ao Olympique de Marseille, onde faz sua segunda temporada.

O caso de racismo não é a primeira vez que ele tenta atingir grandes jogadores com palavras: durante uma partida em 2016 contra o Barcelona- o ex clube de Neymar, ele fez provocações com a altura do argentino Lionel Messi, fazendo gestos com a mão e provocando o craque latino.

Fora de campo, já curtiu publicações de Santiago Abascal, presidente do VOX, partido espanhol populista de extrema-direita, um partido fascista que tem como uma de suas frentes fazer com que a imigração seja “controlada” na Espanha. Os críticos da ideologia partidária utilizada pelo grupo a descrevem como um retrocesso nacionalista à ditadura fascista de Francisco Franco, general que governou a Espanha de 1939 a 1975.

O VOX, partido fascista

Vox é contrário ao aborto e o matrimônio homossexual. Algumas propostas do partido são a criminalização dos imigrantes ilegais, a supressão das câmaras regionais (como a própria Câmara da Andaluzia), a revogação da lei contra a violência machista e de memória histórica (eles apoiam a ditadura franquista), são ultranacionalistas espanhóis e ferrenhamente anti-independentistas, querem a prisão dos líderes separatistas catalães, homenageiam a polícia e o exército.

Os partidários do VOX dizem que os imigrantes vão tomar o lugar dos espanhóis e que é preciso erguer um muro inexpugnável nas fronteiras dos enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla (Marrocos) além de quererem fechar as estações de televisão das regiões autônomas, diminuir os impostos dos mais ricos e liberalizar o solo.

Após o fim do regime franquista a extrema-direita não deixou de ser uma força política central na política espanhola. Citado por políticos brasileiros em momentos de crise nas últimas décadas, o Pacto de Moncloa assinado em 1977 e que é considerado por alguns um marco da redemocratização da Espanha foi uma farsa porque, como no Brasil, o regime anterior não foi obrigado a ajustar contas e suas estruturas permaneceram intactas.

Extrema-direita espanhola quer massacrar os imigrantes

A verdade é que o acontecimento no gramado está totalmente relacionado a questão política – ou seja, o jogador não chamou Neymar de macaco ou provocava o argentino Messi só por causa do ”calor do jogo”. Mas sim porque ele defende o programa da extrema-direita espanhola de massacrar os imigrantes.

O episódio mostrou que o pensamento de muitos setores progressistas da esquerda que disassociam o futebol da luta política está completamente equivocado. A reação de Neymar deveria ser promovida, não punida. Mesmo que a agressão isolada não tenha resolvido, se cada negro revidar as agressões impostas a si, se lhe for dada oportunidade de se defender, pensar-se-á muitas vezes antes de se ofender um negro. O que Neymar fez é apenas uma mínima fagulha do que os oprimidos devem fazer.

Nem mesmo a própria esquerda bitolada que defende que a questão racial está acima da questao de classe não abre uma exceção para Neymar. Para eles, Neymar é culpado de sofrer racismo e deve aguentar calado. Este é o grande combate ao racismo de grandes demagogos da ideologia identitária, que se diziam ”antifascista” e ”antiracista” em suas fotos de perfis em redes sociais nos últimos meses: culpar a vítima. Uma política criminosa e cúmplice.

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