No ano passado, Martinho da Vila chamou Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Palmares, aliado de Bolsonaro e atual candidato a deputado federal, de “preto de alma branca”.
“No duro, ele gostaria de ser branco. Ele acha que ele é branco. Ele se sente branco. E ‘tem que acabar com essas coisas todas de preto’.”, afirmou Martinho.
Camargo decidiu então protestar Martinho e, no final das contas, perdeu o processo. Ele havia solicitado R$ 20 mil de indenização por danos morais e a retirada do ar da entrevista em que a frase foi dita.
“Fui agredido racialmente por Martinho da Vila. Processei-o por isso, mas perdi. Concluo que a Justiça entendeu que ele, por ser negro de esquerda, tem salvo-conduto para fazer ofensas raciais. Assim, surge mais uma jabuticaba no nosso ordenamento jurídico: o racismo protegido”, afirmou Camargo em seu Twitter.
Camargo é de fato um negro de alma branca – e isso, aparentemente, está liberado falar.