Como consequência dos posicionamentos do partido a respeito de pautas relacionadas à censura, liberdade individual e repressão estatal, muitos ancaps se identificam e simpatizam com o PCO. Algumas vezes até esquecem-se completamente de que somos um partido marxista, que tem como principal reivindicação a abolição da propriedade privada dos meios de produção e um governo operário.
Algumas dessas pessoas podem dizer que a criação de reservas de valor que são extremamente abstratas dentro da internet, também chamadas de “escassez digital” é um reflexo do auge de desenvolvimento da sociedade capitalista, mas na verdade, o que podemos perceber é que esse é um dos sinais de uma sociedade em decadência. Esses são recursos utilizados pela burguesia para conseguir abranger o máximo de meios de opressão à classe operária possível. Como se a especulação financeira no “mundo real” já não fosse danosa o bastante, a classe dominante não se contenta em utilizar só ela e está sempre inovando nas formas de exploração.
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Contrariando as intenções dos seus principais defensores, o NFT, que deveria ser um título de propriedade que independe do Estado, tem sido cada vez mais utilizado para reforçar a ideia de propriedade intelectual, isto é, a proteção legal de produtos e/ou processos de desenvolvimento de conhecimento. Muitas pessoas têm sido julgadas nas redes sociais por imprimir NFTs, pois alguns defendem que é um crime. Essa alegação não diz respeito a nada mais além dos interesses da burguesia, que considera absurdo um cidadão transformar algo abstrato e que não existe além do mundo digital, mas em contraponto, é fonte de muito dinheiro para esses empresários em um objeto que vai além de códigos, mas só traz como riqueza o entretenimento do trabalhador.
O metaverso se mostra ainda mais bizarro. Ele consiste numa realidade virtual em que você pode comprar terrenos, imóveis, roupas e itens diversos que só existirão naquele universo, o que pode ser comparado a skins em jogos online, mas em uma versão mais caótica e degenerada.
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