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Meia dúzia de famílias

Uma imprensa ridícula e humilhante para as mulheres

Imprensa sem notícias, que gasta o dinheiro público repetindo à exaustão campanhas políticas de interesse dos bancos e do agronegócio.

Há semanas, a imprensa capitalista se dedica quase que exclusivamente a divulgar as “descobertas” da CPI da Pandemia. São horas e horas de transmissão de declarações de parlamentares, os quais discursam (a pretexto de fazer perguntas) histericamente como se estivessem diante da questão mais importante da atualidade.

Um verdadeiro circo, apesar de totalmente sem graça.

Os próprios parlamentares presentes não conseguem esconder o tédio diante dos discursos e das invectivas demagógicas dos organizadores do circo. Nas últimas sessões, uma discussão pública sobre o fato de Bolsonaro ter comido pizza nos Estados Unidos foi amplamente noticiado. 

O famoso “tratamento precoce” não sai da pauta, apesar de ninguém mais aguentar o assunto. 

A imprensa acompanha caninamente todas as sessões, depois repete em todos os noticiários as monótonas “descobertas” feitas pela CPI. Ora o jantar que alguém participou, ora a reunião que alguém realizou, ora a carta que alguém leu, a decisão favorável que o STF não deu, e assim uma sequência de coisas absolutamente prosaicas e que todos sabem não tem a menor chance de decidir o futuro do governo. 

É evidente que se trata de uma campanha eleitoral contra Bolsonaro e pró terceira via, além, claro, da propaganda eleitoral antecipada de parlamentares como Randolfe Rodrigues da Rede e Renan Calheiros do MDB.

O destaque a Renan Calheiros mostra a desmoralização das campanhas supostamente contra a “corrupção”. Quem não se lembra destes mesmos meios de comunicação atacando Renan Calheiros, exatamente como fazem agora com Bolsonaro (com acusações bem parecidas) até derrubarem o então presidente do Senado em 2007? Na época, Renan renunciou ao cargo de presidente do Senado para manter o cargo de Senador, depois da investida dos seus opositores que queriam a todo custo o controle do Senado.

O senador considerado à época pela imprensa capitalista como o rei do esquema com as empreiteiras e que teria sustentado a amante com dinheiro público, se transforma como por mágica no guardião da autoridade moral e ética do país. Uma coisa absolutamente ridícula.

Estas coisas bizarras, que ninguém gosta, concorda e entende só é possível graças ao verdadeiro monopólio da informação por meia dúzia de famílias a serviço dos bancos, de grandes empresas e do agronegócio. Eles atuam de forma centralizada e o que se vê em um canal de notícias é basicamente a mesma coisa em todos os outros, com raríssimas exceções. 

A pauta é definida com base em quem querem atacar no momento. Decidem qual governo devem derrubar, qual governo devem eleger e quem vive e morre no meio político. A imprensa capitalista é a grande parteira e aborteira da política nacional.

Desde o governo do PT a imprensa capitalista (que já era horrível) bateu todos os recordes de estupidez e rebaixamento intelectual. 

Para se opor ao governo petista (colocando no lugar o odiado Bolsonaro) uniram todos os grandes veículos de “comunicação” capitalista numa espécie de “cartel” empresarial, controlando o mercado de informações. Este cartel transformou um ladrão de galinhas como Sérgio Moro (escondido atualmente nos USA) em verdadeiro ditador da República de Curitiba e de todo o país.

Perseguiram Lula e criaram Bolsonaro com uma pauta única durante o processo do mensalão e da eleição fraudada de 2018. O monopólio da informação pelo cartel das empresas capitalistas da comunicação difundiu mentiras desavergonhadamente e unificadamente defendo os abusos de Sérgio Moro, inventando livremente fake news e calúnias em época eleitoral, as quais depois ficaram por terra tão rápido como apareceram antes do golpe contra Dilma Roussef em 2016.

De lá pra cá, o cartel funciona com pauta única e os noticiários são praticamente iguais. O presidente dos EUA concede uma entrevista e todos os canais transmitem automaticamente, com o mesmo ar cerimonial como se o Brasil fosse o novo Porto Rico do EUA. A transmissão da CPI (apesar do desalento dos jornalistas e da audiência) começa e termina da mesma forma em todos os canais especializados de notícia. Verdadeiras notícias não existem, são sempre “avaliações” que repetem mecanicamente os termos de uma campanha com alvo político definido pelos editores do alto escalão.

Há semanas só se fala em CPI e em ataques cada vez mais baixos e secundários ao governo Bolsonaro. A imprensa capitalista apoia e exige as privatizações que o governo Bolsonaro vem realizando contra o povo, um prejuízo sem precedentes à população brasileira, ao mesmo tempo em que passa horas criticando pesadamente o governo por ter participado de uma passeata de motoqueiros ou ter ido a um ato público na Paulista. Evidente que a imprensa ataca Bolsonaro com o objetivo de atacar sua base eleitoral, mesmo este governo colocando em prática suas exigências.

A campanha é tão miserável que é visível o cansaço das submissas jornalistas que, maioria esmagadora das âncoras, são obrigadas a ler repetidamente as mesmas notícias dia após dia, com ares de novidade.

Neste ponto merece destaque o papel humilhante reservado às mulheres na imprensa. A elas, na maioria esmagadora dos casos, é reservado o papel de modelo para roupas e aparência na telinha.

Elas leem e repetem a ladainha diária, fazendo o teatro da “novidade”, do “furo” que nada mais é que a fofoquinha plantada pelos editores e responsáveis pelo jornalismo das emissoras, os quais são na maioria esmagadora homens que definem o que será ou não será lido pelas lindinhas com suas roupinhas cuidadosamente escolhidas, isso sim, sem repetição, com seus sorrisos de coringa, de tanto botox.

Na imprensa brasileira as mulheres estão no rodapé da emissora, fazendo o trabalho bruto de ler, reler e fazer ar de espanto diante das coisas mais prosaicas e sem importância. As declarações a favor dos pets e a famosa frase “torcemos para que tudo dê certo”, diante de coisas que todos sabem que acabará em desastre são frases diárias destas entusiastas com muito pouco cérebro.

A indigência profissional é tão marcante que uma das expoentes deste tipo de “jornalismo”, Eliane Cantanhede, não cansa de declarar, rindo, em rede nacional que adora uma fofoca.

Uma das coisas que mais se houve no ar são referências às roupas que os jornalistas estão usando, do tipo de cabelo, além é claro, do “graças a Deus”. 

As “informações” são sempre “bastidores” ou seja, fofocas, que os editores definem que irão ao ar. Grande parte destes “bastidores” não se confirmam ou a realidade mostra exatamente o contrário e nada é explicado. As mocinhas bem vestidas, com seus enormes guarda-roupas e pequeniníssimas estandes de livros (sendo muito otimista) passam de um assunto a outro, sem olhar para trás, sem sequer pensar que deveria haver alguma coerência entre o que é dito com o passar dos dias.

O governo do PT não buscou realizar mudança no cartel das imprensas capitalistas que monopolizam a comunicação no país. Pagou muito caro por isso e o país está pagando ainda mais caro.

Os prejuízos que todos os brasileiros tiveram com a subida de Bolsonaro é responsabilidade em primeiro lugar deste cartel. É necessário levantar um amplo movimento contra este cartel. É preciso acabar com o controle do país através destas famílias medievais encasteladas nos meios de comunicação.

– Pelo fim da concessão pública dos canais de comunicação a estas famílias;

– Distribuição da programação das televisões à sociedade: universidades, movimentos sociais, sindicatos, entidades científicas, culturais, educacionais e programas governamentais destinados à elevação cultural dos brasileiros.

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