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Neoliberalismo

Simone Tebet inglesa assume cargo de Primeira-Ministra

Após queda de Boris Johnson, Partido Conservador elege Liz Truss como nova Primeira-Ministra

Dando seguimento à onda identitária, Liz Truss é a nova primeira-ministra conservadora eleita pelo partido conservador no Reino Unido, a notícia foi veiculada na manhã de segunda-feira (05). 

Truss é a terceira mulher conservadora eleita primeira-ministra: entre 2016 e 2019 foi Theresa May e entre 1979 e 1990 foi Margaret Thatcher. Truss passou por outros cargos recentes em governos de seus colegas de partido. Inclusive foi secretária de comércio internacional do ex primeiro-ministro caído, Boris Johnson. 

Em 7 de julho deste ano, Boris Johnson renunciou, dois dias após a renúncia dos principais ministros: Rishi Sunak, da economia, e Sajid Javid, da saúde, sendo que mais 51 ministros deixaram seus cargos atrás deles. A crise econômica histórica, que gerou inflação acima de 12%, a mais alta do G7 e coisa que não acontecia há 40 anos no país, custou caro a Boris Johnson. A crise foi agravada pelo Brexit, que prejudicou a produtividade do país, gerando salários que não acompanham a inflação e a iminência de explosão de greves da classe operária.

Liz Truss concorreu com seu colega de gabinete, Rishi Sunak, que recebeu 43% dos votos, enquanto Liz recebeu 58%. Apesar de receber apoio da maioria, pela primeira vez alguém foi eleito com menos de 60% dos votos. Lembrando que esses votos não são do povo. 

Liz Truss é uma neoliberal e já recebeu críticas, até do seu próprio partido, por não discutir abertamente o problema do gás, em vias da chegada do inverno. Apesar de ter se colocado contra a saída da União Europeia em 2016, foi a candidata favorita dos que favoráveis ao Brexit. Em relação a China, prega que não podem depender do país, usa a questão do gás da Rússia como exemplo, e chegou a falar que Londres deveria dar armas a Taiwan para se defender, mas após ser criticada não voltou mais ao assunto. Liz é a favor do apoio militar (mas não com envio de militares) e diplomático à Ucrânia, e as sanções à Rússia. Liz é a favor de uma OTAN Mundial. Sua política econômica está sendo chamada de “Trussonomics”, uma prévia do que já se espera de uma política neoliberal. 

Assim como no Brasil, que a imprensa burguesa está destacando amplamente a candidatura da Simone Tebet, que seria a salvadora dos pobres devido ser uma mulher, os jornais internacionais dizem o mesmo de Liz Truss. É um jogo identitário, pois nenhuma das duas, ou das quatro, quando juntamos Thereza Mae e Margaret Thatcher, fizeram ou farão pela classe trabalhadora.  

As histórias pregressas dessas mulheres mostram que trabalham para sua classe, para a burguesia. Truss demonstra toda a subserviência ao imperialismo estadunidense quando declara a necessidade de uma OTAN Global para garantir a segurança de Taiwan, uma OTAN Global para garantir a paz a países pequenos e vulneráveis aos ataques da China e da Rússia. Liz Truss quer garantir uma nova era de paz nem que seja “através de um banho de sangue”. Uma farsante a lá Simone Tebet.

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